segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Orixás na Umbanda

Orixás na Umbanda



ORIXÁS

A palavra Orixá quer dizer “Coroa Iluminada”; “Espírito de Luz”. É o princípio mais evoluído existente em nosso sistema, manifestado através das forças da natureza.  Orixá não é santo ,  não foi uma pessoa e nunca viveu, nunca encarnou, nunca veio à Terra.  Mas, como toda regra tem uma exceção, na Umbanda existe um caso especial, que é Oxalá ,  o principal Orixá , senhor todo-poderoso, que aparece sincretizado em Nosso Senhor Jesus Cristo, dada à sua potencialidade mediúnica divina.

A Umbanda cultua os Orixás e os sincretiza aos seguintes Santos Católicos:

Orixá
Sincretismo
Oxalá
Jesus Cristo
Iemanjá
Nossa Senhora da Glória
Oxum
Nossa Senhora da Conceição
Iansã
Santa Bárbara
Ogum
São Jorge
Oxossi
São Sebastião
Xangô
São Jerônimo
Omulú / Obaluaê
São Roque e São Lázaro
Nanã Boruquê
Santana




OXALÁ

Oxalá é a autoridade suprema na umbanda, recebendo ordens apenas, de seu pai Zambi (Deus). Ele é quem manda as entidades, para nos ajudar. Sua imagem é a de Jesus Cristo (na umbanda geralmente sem a cruz). Sua cor é branca.Suas plantas são: alecrim, boldo, alfazema, eucalipto, algodão, girassol, louro. Flores: brancas em geral (copo de leite, lírio,rosa branca...). A guia de Oxalá é composta por contas de cristal transparente ou miçangas brancas.
Dia da semana de melhor vibração: sexta-feira
Chacra atuante: coronário
Planeta regente: Sol
Cor vibratória: cristalino, com raias douradas
Cor representativa: branco (roupas, etc.)
Saudação: Aê-Babá   ou  Babá-Ekê
Amalá: para Oxalá se faz uma ageum de canjica branca com mel, faz-se agrado com uma mesa de frutas, que não podem ter espinhos nem farpas: manga, abacaxi, morango, carambola, cajá-manga, etc. 
Otí : água mineral, vinho branco e vinho tinto (Sangue de Cristo)
Local de entregas: campo gramado, limpo

IEMANJÁ  
 Iemanjá é um dos Orixás mais conhecidos, quem nunca ouviu falar da rainha dos mares? Sua falange consiste de sereias e princesas do mar. 
Na umbanda é conhecida pelo seu canto que parece  um choro quando chega ao conga. Os filhos de Umbanda reverenciam Iemanjá ao por o pé nas águas grandes  Sua imagem na umbanda é  uma moça de cabelos pretos e longos e um longo vestido azul.  O fato de Iemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um tipo muito maternal. Aquela que transmite a todos a bondade, confiança, grande conselheira. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. O homem filho de Iemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor. Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando sente-se ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como ajuntó (o segundo santo masculino) o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi. Aí sim, é pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância. O maior defeito do filho de Iemanjá é o ciúme. É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda.
Cor: Azul e Branco.
Guia: Contas azul ou azul e branca.
Flores: Margaridas, Rosas
Plantas: lágrima de N. Senhora, pata de vaca , chapéu de couro, trevo, picão
Saudação: Odocia ou odoiá iemanjá
Dia: Sábado
Número: 7,10 e 12...  
Símbolo: peixe e a estrela de cinco pontas 
Veste: Roupa azul ou vestido azul. 
Local: Mar e oceanos. 
Chacra atuante: frontal.  
Comida: manjar de milho branco, ou arroz com camarão e peixe assado.

OXUM
Senhora das águas doces, rios e cachoeiras. Mulher de aparência serena, quando a falange está incorporada tem-se a impressão de ter sido uma mulher que muito sofreu.  O filho ou filha de Oxum, a Rainha da Água doce, dona dos rios e das cachoeiras, carrega todo o tipo de Iemanjá. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda (pelo Amalá). A diferença maior é a vaidade.Filho de Oxum ama espelhos (a figura de Oxum carrega um espelho na mão), jóias caras, ouro, é impecável no trajar e não se exibe publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta e a mulher do cabelo e da pintura. Normalmente tem uma facilidade muito grande para o choro. É muito sensível a qualquer emoção. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, à qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão
social". Seu maior defeito é o ciúme.
Cor:  Amarelo ouro
Guia: contas de cristal  amarelo ouro .
Flores: Lírios,rosa branca e flores brancas.
Plantas: arnica, camomila, erva cidreira, melissa, ipê, lágrima de N.Senhora.
Amalá: Omolocum, feito com feijão fradinho e camarão. 
Local: rios e cachoeiras. (água doce)
Símbolo: o espelho e o coração
Saudação: oraieieô
Número: 6 e o 8
Dia: sábado
Chácara atuante: frontal                


IANSÃ

Senhora dos Ventos e das Tempestades, a Deusa Guerreira. Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. Ciumento demonstra um certo egoísmo porque não se importa com que os outros sofram pelo seu gênio reconhecidamente mal-humorado. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social. Por ser tão marcante seu gênio, se este fosse controlado, o que não é difícil, seria pessoa muito mais feliz e querida.
Deusa dos raios e trovões, Iansã Deusa guerreira. Pois quando a falange de Iansã incorpora tem a postura de uma guerreira que está chamando os raios. Pode também ser vista na linha das águas.
Símbolo: é o raio
Saudação: eparrei oyá
Dia: quarta-feira
Número é:  7 e  9  
Vestes: Roupas com predominância do vermelho
Flores: Crisântemos amarelos e todas as flores amarelas.
Plantas: bambú, dormideira, romã, pata de vaca, rosa branca ou amarela
Local: Pedreiras.
Chacra atuante: frontal e cardíaco
Representação no ponto riscado: raios
     

OGUM

Ogum é o Orixá que vence demanda, ele comanda os exus, Ogum tem em sua falange outros Orixás que vem em seu nome dentre eles, Ogum Megê, Ogum Rompe Mato, Ogum Beira mar, Ogum Yara, entre outros...
O filho de Ogum é uma  pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento. A sua impaciência é tão marcante que não gosta de esperar. É afoito. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Uma marca muito forte de seu Orixá, é tornar-se violento repentinamente. Seu gênio é muito forte. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida.  Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão . Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A representração de pontos riscados: feita por espadas.
Cores: Vermelho, Branco.
Guia: Vermelho e Branco, predominando uma cor ou outra dependendo da falange
Saudação: ogunhê patacuri ogum   
Dia:Terça-feira
Chacraatuante:sola
Numero: 2
Vestes: Roupa vermelha e branca.
Características dos filhos: persistentes,  temperamento forte determinados e batalhadores.
Planta: Espada de São Jorge, losna, aroeira, carqueja, eucalipto, jatobá, agrião, romã,
Flor: Palmas brancas e vermelhas, crista de galo , antúrio.
Local: Humaitá , Campinas, estrada de ferro
Bebida: Cerveja Branca.

Desdobramentos principais de Ogum:
Na Umbanda, Ogum continua comandante (Tata) e guerreiro invencível. Se na África seus sete nomes coincidem com os das sete cidades que formavam o reino de Irê, na Umbanda eles se tornaram as falanges que seguem:
a) Ogum Beira-Mar - age nas orlas marítimas em harmonia com Iansã e Iemanjá.
b) Ogum Iara - sua cor é  azul claro e vermelho, age nos rios,  trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum .
c) Ogum Rompe-Mato - sua cor é o Vermelho e verde , age nas matas (trabalha em harmonia completa com Oxossi, na entrada da Mata. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxossi).
d) Ogum Malê - age contra todo o mal
e) Ogum Megê - sua cor é o  vermelho, branco e preto , age sobre as almas, trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena - cemitério.
f) Ogum de Lei - sua cor é vinho e branco , age junto com a justiça, trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulú, Oxum e Ogum Iara).
g) Ogum de Ronda - age nas ruas, do lado de fora das porteiras.

OXOSSI
Oxossi, orixá das matas e da caça, conhecido também por suas vitórias contra a demanda.  Oxossi é o orixá do trabalho (empregos) e da linha da cura. Muitos caboclos trabalham nessa linha, pelos seus conhecimentos contra as doenças terrenas. Por ser caçador, também é conhecido por suas vitórias contra as demandas. Oxossi é representado nos terreiros pelos nossos queridos caboclos. Características de seus filhos: meio fechados, gostam de viver no seu próprio meio, contemplam a natureza, são pessoas desconfiadas, mas  quando confiam são amigos fiéis.  Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. O filho de Oxóssi é talvez o mais equilibrado. Para que sua vida melhore, deve despertar aquele gigante que habita sua essência, o que o tornaria mais disposto a encarar as suas próprias dificuldades.
Cor: Verde claro, Verde flor ou Verde bandeira.
Guia: Contas de cristais verde ou verde e branca.
Vestes: Roupas verdes e branca ou totalmente verdes.
Flores: Samambaia,folhagens e flores em geral.
Plantas: alecrim, alfazema, arruda, guaco, guiné, incenso, pitanga, flamboiant
Local:Matas e floresta
Saudação: é okearô, okê caboclo
Dia:quinta-feira
Chacra atuante: esplênico
Número:
Símbolo: é o arco e a flecha  
Bebida: Cerveja preta, vinho


XANGÔ

Xangô é o Orixá da justiça e do conhecimento , equilíbrio das forças  ligadas à  Justiça.
O sincretismo entre Xangô e São Jerônimo está no temperamento forte, crítico  na medida que ambos são conhecedores de leis e mandamentos. Orixá do trovão e da justiça, protetor dos juízes, advogados, burocratas. É representado, por um velho sentado em uma pedra segurando a tabua dos 10 mandamentos e com um leão ao lado. Características dos seus filhos: Rigidez de pensamento tem grande senso de justiça, são pessoas metódicas, equilibradas e tem facilidade no estudo.É incapaz de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gosta de pisar. É tímido no contato mas assume facilmente o poder do mando. É eterno conselheiro, e não gosta de ser contrariado, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalma-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guarda rancor. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jerônimo, tem o seu dia comemorado em 30 de setembro. Encontramos também outras datas de comemoração porque este orixá foi sincretizado com outros Santos Católicos, em função de seus desdobramentos, a saber: Xangô Kaô, Xangô Alafim, Xangô Abomi, Xangô Alufam, Xangô Agodô, Xangô Aganju, Xangô D'Jacutá. Símbolo:
Cor: Marrom
Saudação:KaôKabecile
Dia: Quarta feira
Numero:  12
Local: Pedreira.
Guia: Conta marrom escuro.
Vestes: De cor branca e marrom.
Erva:  Alevante, abre caminho, manjerição, alfavaca, bananeira, erva de S. João
Planta: inhame,quiabo.
Bebida:  Vinho tinto.         

OMULU – OBALUAÊ

É o deus das doenças. Omolú e Obaluaê, ( São Roque e São Lázaro respectivamente) são as manifestações velho e o jovem de um mesmo Orixá, chamado Xapanã. Suas cores são o branco e o preto, vêm sempre com um saiote de palha da costa e tampa seu rosto com palha também. Seus colares são também de búzios e contas de louça branca  intercaladas com pretas ou, então, brancas intercaladas com pretas e vermelhas.
Cor: Branco , preto
Guia:  As cores acima.
Domínios: Cemitérios
Atuação: Contra doenças e feitiços
Saudação: Atotô- iê ou  Atotô  meu senhor    
Dia: Segunda feira
Chacra atuante : básico ou sacro 
Planta: alfavaca , beldroega , beringela.


NANÃ

Senhora do fundo dos rios, a lama que moldou todos os homens. Mãe de Oxumarê e Omulu.  É a Orixá feminina mais velha, pelo que é altamente respeitada. Veste-se de branco e azul. Suas contas são de louça branca com riscos azuis. Protege os enfermos desenganados e é patrona dos professores.
Cor:  Roxo ou violeta
Domínios:  Ribeirões e mangues
Atuação: Contra perseguições espirituais 
Saudação: Saluba Nana  
Dia : Segunda-feira
Elemento: Água
Planta: assa-peixe
Chacra atuante:  frontal e cervical
Cor da guia (colar):  roxa e branca

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

As Falanges na Umbanda


Na Umbanda temos as principais falanges que se manifestam em todos os terreiros, entre elas; pretos velhos, caboclos, boiadeiros, baianos, crianças, oriente, marinheiros, ciganos, exus e pombas giras.                                                       
                                                                                                                                                                                                                                                                                     
     
Pai Joaquim de Angola    

PRETOS - VELHOS
 
Existe na Umbanda uma linda falange denominada de “Falange dos Pretos-Velhos” ou “Linha das Almas”. Originário dos escravos no cativeiro, os pretos-velhos tem como característica principal à prática da caridade. Como disse, os pretos-velhos viviam no cativeiro amontoados em senzalas, alimentavam-se de mingau de farinha, inhame, toucinho, banana, enfim comiam tudo que tivesse calorias baratas. Eram submetidos às condições desumanas e implacáveis de trabalho. Só os mais fortes sobreviviam. Um preto-velho quando incorpora no médium vem de forma envergada, sob o peso dos anos de existência em vida na terra, senta-se com a dificuldade das juntas enrijecidas e os músculos fatigados num pequeno banco de madeira, que lembra o antigo tosco que existia nas senzalas. São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus trabalhos são de ajuda àqueles que estão em dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu trabalho se desenvolve, mas para o lado emocional e físico, das pessoas que os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos.  Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes, faz deles as entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda.   Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar pessoas doentes e crianças que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas como poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos de magia e que os consulentes usam no corpo para proteção. Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe e limpando a aura de larvas astrais e energias negativas.
Destaco abaixo alguns nomes de pretos-velhos que baixam prestando inúmeras caridades:

Pai Joaquim da Angola
Vovó Maria Conga
Pai Joaquim do Congo
Vovó Cambinda
Pai João do Congo
Vovó Luíza
Vovô Rei do Congo
Vovó Benedita
Pai Jacó
Vovó Maria Redonda
Vovô João de Aruanda
Tia Maria
Pai Benedito
Vovó Catarina D’Angola

   Caboclo Pena Branca

CABOCLOS
 
A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento da miscigenação. Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas através de ervas e simpatias, desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas. Os caboclos, espíritos de índios, tidos como o braço forte da Umbanda, não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". pois estes nossos irmãos depois de desencarnarem, ainda conserva um corpo espiritual bastante denso carregado de fortíssima vitalidade. São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.  Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas vibrações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou  não aquela em que ele atua.  Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxossi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porém em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxossi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã. Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxossi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxossi. No panorama espiritual rente a Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão, pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região. Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem a esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas. Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos os nossos objetivo. A magia praticada pêlos espíritos de caboclos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas. Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.  Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram. Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, (giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá ) , velas, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho. Quando fazemos um trabalho para uma entidade da Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda. Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos. No culto de Umbanda, Oxossi é o chefe da linha de caboclos.  O caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes, canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças aos tempos de aldeia . Conhecedores de muitas ervas, os caboclos têm um papel muito importante:  os remédios de ervas e amacis, em que amacis são mistura de ervas que maceradas servem para o fortalecimento do filho-de-santo.  Já os remédios de ervas são plantas ou ervas que combinadas ou sozinhas servem para aliviar ou até mesmo curar doenças.  Nisso tudo os caboclos têm participação muito especial e são encarados e interpretados pelo povo como uma entidade que veio ajudar e aliviar as pessoas dos seus problemas.
Alguns nomes de caboclos:

Caboclo Pena Branca
Caboclo 7 Estrelas
Caboclo Ubirajara
Caboclo Guará
Caboclo Tupinambá
Caboclo 7 Fechas
Caboclo Ubirajara
Cabocla Jurema
Caboclo Pena Verde
Caboclo Flexeiro
Caboclo Urubatão
Caboclo Cobra Coral


 
BOIADEIRO
 
Boiadeiro é muito respeitado e aplaudido por trazer de volta ao nosso convívio toda a sua experiência adquirida em tempos de boiada, do sertão bravio, do homem responsável pela conduta da boiada do seu patrão. De um modo geral, Boiadeiro usa um chapéu de couro com abas largas (para proteger-lhe do sol forte), calças arregaçadas e movimenta-se muito rápido. Um pequeno cântaro para carregar água, tão importante para a viagem. O chicote que usa para açoitar a rez feroz. A corda, usada para laçar o boi bravo, ou para pegar aquele que se afasta da boiada, ou ainda usada para derrubar o boi para abate. Boiadeiro, na verdade, traz toda uma soma de sabedoria acumulada dessas viagens e vivências do campo. Na verdade, estamos descrevendo uma maravilhosa entidade de muita luz e muita força. O boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro, habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.  Em geral, trabalha rodando sua guia por sobre a cabeça do consulente e depois a esfregando pelo seu corpo, para promover a limpeza do campo áurico.  Invariavelmente a guia arrebenta... Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.

 BAIANOS
 
A corrente baiana é formada por espíritos alegres, brincalhões, descontraídos e adoram "desmanchar" demandas. São pessoas que viveram na Bahia (geralmente) , e que vêm ao terreiro para passar seu axé, e sua energia positiva. São muito conselheiros, orientadores, aguerridos e chegados à "macumba" (dança ritual), durante a qual trabalham enquanto giram com seus passos próprios. Apreciam as "festas" que lhes fazem, onde bebem batida de coco e comem comidas típicas da cozinha baiana. A gira do Povo Baiano é muito animada, estas entidades, também têm muito o que ensinar. Salve o povo Baiano!

CRIANÇAS
 
São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também têm funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas a Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Eles manipulam as energias elementares e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessário muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. É comum em uma gira de criança, ver um médium "cambaleando" antes de incorporar inteiramente, isso se dá devido à "disputa" que estes espíritos travam para ver quem incorpora primeiro, bem típico desta linha. No seu dia de comemoração acaba virando uma grande festa de aniversário, adoram guaraná e doces e promovem uma animada "bagunça" quando baixam no terreiro. Sua energia é transbordante de vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as maiores bênçãos da  fertilidade e da harmonia.   Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.  Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos é grande. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão "engraçada" assim.
 
 

CIGANOS

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e "carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.

O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.


MARINHEIROS
 
Aos poucos eles desembarcam de seus navios da calunga grande e chegam em Terra. Com suas gargalhadas, abraços e apertos de mão. São os marujos que vêm chegando para trabalhar nas ondas do mar.

Os Marinheiros são homens e mulheres que navegaram e se relacionaram com o mar. Que descobriram ilhas, continentes, novos mundos.

Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de mares tortuosos, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.

Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum (povo d'áqua) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança e trabalho unido, em grupo.

Seu trabalho é realizado em descarregos, consultas, passes, no desenvolvimento dos médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas.

A gira de marinheiro e bem alegre e descontraída. Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange. Com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas.

A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, bebem e fumam. Bebem Whisky, Vodka, Vinho, Cachaça, e mais o que tiver de bom gosto. Fumam charuto, cigarro, cigarrilha e outros fumos diversos.

Em seus trabalhos são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e muito amigos. Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou em procura de alguém, de um "porto seguro".

A gira de marinheiro, em muito, parece uma grande festa, pela sua alegria e descontração, mas também, existe um grande compromisso e responsabilidade no trabalho que e feito.

 

Exú Sr. Tiriri

EXÚ   E  POMBA GIRA
 
São espíritos que já encarnaram na terra. Na sua maioria, tiveram vida difícil como mulheres da vida; boêmios; dançarinas de cabaré, etc, etc... Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando nos terreiros de Umbanda. São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são desconfiados, mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados. Estes espíritos, assim como os Preto-velhos, e crianças, são servidores dos Orixás.  Não se devem confundir os Exus da Umbanda com Exu da Nação (candomblé), pois são diferentes.    Apesar das imagens de Exus, fazerem referência ao "Diabo" medieval (herança do Sincretismo religioso), eles não devem ser associados à prática do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções específicas e seguem as ordens de seus "patrões". Dentre várias, duas das principais funções dos Exus são: A abertura dos caminhos e a proteção de terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou obrigações. Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a "gira de Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal, demanda e etc... de seus consulentes. Mas também durante as outras giras (Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Orixás), protegendo o terreiro e os médiuns, para que a caridade possa ser praticada. Os exus recebem na Umbanda certas denominações como Povo de Rua, Compadres e Comadres, Guardiões etc , para classificar entidades que trabalham num plano astral evolutivo. Estas entidades são firmadas em um lugar chamado de tronqueira. Saravá , Povo de Rua! Saravá, os Compadres e as Comadres , Saravá os guardiões desse terreiro de Umbanda. Exú é um tipo de entidade que trabalha na esquerda, são os espíritos, que melhor nos entendem, pois conhecem o problema humano. São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para resolver os problemas da vida sentimental e material. Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas. Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes, principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certamente o farão.  Exú é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação com os seres encarnados. Na falange de Exú existem muitos, entre eles, estão: Exu Tranca-Rua-das-Almas, Exu Tirirí, Exu Marabô, Exu Veludo, Exu Morcego, Exu Gira-mundo, Maria Padilha, Maria Mulambo, Exu Caveira , Exu Ventania etc. Existem três tipos de Exu:
 
EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir o Bem do Mal, trabalha para quem pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é castigado pelas falanges do Bem, então volta-se contra quem o mandou.

EXU BATIZADO: é todo aquele que já conhece o Bem e o Mal, praticando os dois  conscientemente; são os capangueiros ou empregados das entidades, a cujo serviço evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de cobrança.

EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como empregado das Entidades do Bem, recebem por mérito, a permissão de se apresentarem como elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Oguns, Xangôs e até como Senhoras.

Os Exus estão divididos em 3 grandes linhas: Cemitério, Encruzilhada e Estrada.
 
Exus do Cemitério: É formada por Exus sérios, em sua maioria servidores de Omulú (Rei do Cemitério). Não costumam dar consulta, se apresentam principalmente em grandes obrigações, trabalhos e descarregos.   Ex: Exu João Caveira; D. Maria Quitéria; Exu Caveira, D. Rosa Caveira; Exu  7 Catacumbas; Exu 7 Facas, etc... 
 
Exus da Encruzilhada: Esta linha é formada por Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também de participar em obrigações e descarregos . Alguns deles se aproximam muito (em suas características) da linha do cemitério, são os que chamamos de "Encruza pesada", enquanto outros se aproximam mais da linha da estrada, "Encruza leve". Ex: Exú Tranca Rua; Exú. Veludo; Exú das 7 Encruzilhadas; D. 7 Encruzilhadas; D. Maria Mulambo; etc...
 
Exus da Estrada: São os mais "brincalhões". Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas "brincadeiras" devem partir sempre do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.  Nesta linha trabalham vários espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os Ciganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como Exus (Exu Mangueira, Exu do Tempo, etc...).  Ex: D.Maria Padilha; Sr. Zé Pelintra; D.Rosa Vermelha; Sr.Tiriri.



Os Exus nas sete linhas de Umbanda

Linha de Oxalá: Exu Tiriri, Exu Veludinho, Exu Gira Mundo, Exu Sete Encruzilhadas etc.
Linha de Yemanjá: Todas as Pombagiras.
Linha de Ogum: Exu Tranca Ruas das Almas, Exu tranca Ruas de Embaré, Exu Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas, Exu Veludo, Exu 7 Encruzilhadas, Exu 7 Facas, Exu da Mangueira
Linha de Oxossi: Exu Marabô, Exu Tronqueira, Exu Mangueira e outros.
Linha de Xangô: Exu Marabô, Exu Toquinho, Exu Labareda, Exu do Lodo, Exu Pedra Negra.
Linha de Yorimá: Exu Caveira, Exu Tatá Caveira, Exu 7 covas, Exu Bananeira, Exu Mulambo, Exu 7 porteira e outros. 

Linha de Yori: Todos os Exus mirins.