sexta-feira, 27 de setembro de 2013
IBEJÍ – SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - Ou Orixás gêmeos
Ibeji
Ibejí ou Ibejís são os Orixás que
protegem as crianças. Foram sincretizados a São Cosme e São Damião, são
conhecidos na Umbanda como os Orixás de amor e alegria.
Os santos católicos viveram no
oriente e também foram perseguidos por Diocleciano. Historicamente pouco se
sabe sobre eles, sabe-se que eram gêmeos e foram médicos.
Em grego eram chamados de
“anargiros”, isto é, sem dinheiro. Isso porque não cobravam por seus préstimos
e curavam não somente os homens, mas também os animais e pouco se sabe sobre a
morte de ambos.
Os espíritos trabalhadores sobre
a influência de Ibejí, apresentam-se normalmente sob a forma de crianças ou
espíritos de crianças, porém espíritos não têm idade, apresentam-se dessa forma
de modo a facilitar a comunicação com as nossas crianças. Esses espíritos puros
trazem a cura para as doenças e amparam todas as crianças enquanto elas
manterem a inocência.
Seus domínios são os parques,
jardins e grandes gramados. Sua cor é o rosa, os espíritos que trabalham sob a
irradiação de Ibejí são espíritos de grande força espiritual.
Não devemos julgá-los fracos
devido à forma como se apresentam, ou seja, como crianças, depois de Oxalá são
os únicos que dominam totalmente a magia.
Nas obrigações a Ibejí, são
utilizadas velas cor de rosa, flores com tonalidade rosa e sem os espinhos ou
ainda brancas. Também são usados doces como as cocadas, balas, pirulitos,
fatias de bolo, etc. A bebida é a água pura ou então misturada com mel e mais
recentemente são utilizados refrigerantes como o guaraná.
Os santos católicos São Cosme e
Damião são sincretizados ao orixá Ibejí, São Cosme e São Damião são
trabalhadores da linha de Oxalá e pertencem a uma de suas falanges. A eles
podemos pedir proteção contra demandas e malefícios; pedir principalmente
proteção para nossas crianças e principalmente as enfermas.
Ao pedir ajuda a linha de Ibejí,
faça-o com o coração isento de mágoas e amarguras. Por serem extremamente
positivos, afastam-se das pessoas interesseiras, com pensamentos negativos e
egoístas.
Na umbanda Ibeji não chefia coroa de médium, ou seja, não dá filiação como os demais Orixás.
São poderosos aliados das forças
do bem, nada maligno consegue resistir a eles. No mês de Setembro de todos os
anos, os terreiros preparam grandes festas em sua homenagem, procurando desta
forma devolver a eles a proteção e o carinho que nos dispensam, principalmente
aos nossos filhos e as pessoas doentes.
Cor ....................... Rosa e azul
Domínios ............... Parques
e jardins
Atuação ................ Contra doenças e feitiços
Saudação .............. Salve
Elemento ...............Terra
Comentário do Pai de Santo
A linha de Ibejí ou de Cosme e
Damião é uma das mais polêmicas de nossa Umbanda.
Nesse aspecto já vi de tudo,
presenciei bandalheiras de toda espécie e também muita coisa positiva.
A linha de Ibejí, na qual
comparecem os espíritos conhecidos como crianças, são espíritos puros e não
suportam pessoas com maus pensamentos e de má vibração.
Julgá-los fracos devido à
condição em que se apresentam é idiotice, nada vi em toda a minha existência na
Umbanda que pudesse resistir a eles. Na verdade essa linha desamarra qualquer
ponto afirmado na magia negativa e o que eles afirmam, ninguém desamarra.
Certa vez presenciei um
transporte supervisionado por essa linha, no qual um rabo de encruza foi
trazido todo imobilizado pelas crianças, que permitiam apenas que ele falasse
imobilizado no chão.
O rabo de encruza muito matreiro
e incorporado num médium muito forte fisicamente, pediu para que o soltassem,
pois queria ficar em pé e prometeu comportar-se. A criança que chefiava o
trabalho, conhecida como “Maria Aninha” disse ao rabo de encruza:
-Tá bom, vou te soltar, mas se
você não se comportar, te amarro de novo!
Após soltar a entidade, ela
levantou violentamente e esbravejou:
- Agora está como eu quero, agora
vou quebrar tudo!
A Maria Aninha e as demais
crianças não se intimidaram com a ameaça, cercaram a entidade de mãos dadas e
dançando uma ciranda, cantaram o seguinte:
Cosme e Damião
Damião, cadê Doum
Doum está passeando
No cavalo de Ogum.
Quando a corrente começou a
cantar o ponto acompanhado pelos atabaques, o rabo de encruza deu um tremendo
grito, mas foi o grito de alguém que expressou grande dor, sendo em seguida,
violentamente arrancado do ambiente dos trabalhos.
Isso prova que não devemos
julgá-los fracos pela forma como se apresentam. Eles são espíritos puros e
iluminados, nenhum rabo de encruza vai conseguir resistir à tremenda força
positiva que deles emana.
Entre esses espíritos, sem
dúvidas, existem aqueles que ainda mantém a mentalidade infantil e atraidos
pela linha, incorporam nos trabalhos e não é muito difícil identificá-los em
relação aos demais. As entidades que ainda mantém a mentalidade infantil e
normalmente são trazidas por essa linha durante as festas, ficam rodeadas pelas
crianças materiais e as outras não tanto. Nota-se que essas entidades realmente
brincam como as nossas crianças, sendo que as outras permanecem mais dedicadas
à direção dos trabalhos na mesma ocasião.
Alguns videntes sérios que
conheci, me disseram que nesses trabalhos comparecem entidades que se
apresentam na forma de crianças de diversas raças e outras entidades
apresentam-se com a indumentária dos santos católicos e outros com mantos
brancos, rosa ou azul. Essa diversificação mostra que a linha de Cosme e Damião
é composta de espíritos de diversas categorias, mas todos eles de enorme
evolução espiritual.
No aspecto negativo presenciei
trabalhos nos quais o famoso exu mirim dominava os trabalhos, ocasião em que
foram sempre violentos. Mordiam, chutavam e machucavam as pessoas presentes aos
trabalhos.
Não queriam refrigerantes ou
doces, queriam apenas fumar e beber pinga com groselha. Um terreiro que permite
esse tipo de atuação prova que o seu dirigente é mal preparado e ignorante, já
que permite esse tipo de bandalheira dentro de seu terreiro e lá o baixo astral
reina.
Disponível em http://www.nuss.com.br/os-orixas/ibeji.html
Luz e paz a todos.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Eu Estudo, Tu Estudas, Nós Estudamos... Umbanda!
A opção religiosa pela UMBANDA
quase sempre é precedida de muitas manifestações de preconceito, de ignorância
e de intolerância. Em todos os campos de nossa vida em algum momento veremos
pessoas se manifestando contra nossa opção ou querendo entender PORQUE nos
tornamos MACUMBEIROS.
A nossa trajetória espiritual é
individual e intransferível e mesmo assim afeta direta e indiretamente tantas
pessoas e por isso acabamos tendo que nos justificar, nos defender, tentar
explicar essa opção, de foro tão intimo e que nos faz pensar em nosso livre
arbítrio. O criador nos manda a TERRA para sermos felizes e a busca pela
FELICIDADE é uma caminhada onde teremos nossos tropeços, erros, acertos,
duvidas e a UMBANDA não é diferente das outras religiões quando tem como
objetivo levar o ser humano ao seu AUTOCONHECIMENTO, as respostas espirituais
de nossa origem e nossa missão enquanto encarnados. Poderíamos simplesmente
fechar a cara, abrir a boca e dizer “SOU MACUMBEIRO, SOU UMBANDISTA, É UM
ASSUNTO MEU E ISSO NÃO LHE DIZ RESPEITO” e ainda assim não colaboraríamos em
nada na construção da tão sonhada IDENTIDADE UMBANDISTA. Outros não conseguem
se justificar e irão usar o mesmo expediente. Mas aí estão as duas questões
importantes?
Porque temos de justificar nossa
opção?
Porque as vezes não conseguimos
justificá-la e ajudar na construção de uma identidade Umbandista?
Porque nos faltam os ARGUMENTOS!
Porque nos falta o DISCURSO POLÍTICO!
Somos considerados como RELIGIÃO
há mais de 100 anos e nesses mais de 100 anos somos perseguidos. Por sermos
médiuns, por sermos uma religião que mescla influências africanas, por nos pautarmos
pela tolerância e pelo amor fraternal incondicional sem preconceitos, por não
segregarmos, por acolher a todos. Representamos uma ameaça. Estamos
adormecidos. Não reconhecemos a nossa força. E a nossa força está na nossa
organização, está no desenvolvimento e na doutrina de nossos iniciantes, de
nossos jovens para que amanhã, devidamente esclarecidos tenhamos um panorama
mais favorável.
Porém o desconhecimento de nossa
filosofia, de nossos dogmas e da nossa religião beneficia a muitos. Aos nossos
inimigos reais, aos nossos perseguidores e aos FALSOS UMBANDISTAS, AOS FALSOS
SACERDOTES que se utilizam do saber que NÃO TEM para prender na ignorância e na
fé cega aqueles que amedrontados estão na religião por entender que a
MEDIUNIDADE É UM ESTIGMA, UMA DOENÇA, UM PROBLEMA e somos obrigados a
compartilhar de nossa energia numa casa de Umbanda ou Candomblé sob a ameaça de
nossos ZELADORES, ORIXÁS , GUIAS E PROTETORES. Quantos em sua caminhada não
ouviram de algum dirigente mal intencionado a frase” VOCÊ TEM QUE BOTAR BRANCO
OU ENTÃO SUA VIDA NÃO VAI ANDAR, OU SEU GUIA VAI TE CASTIGAR” É preciso buscar
pela VERDADE.
A verdade LIBERTA e nos
possibilita o poder de análise, o senso crítico e a escolha pela direção
correta. A necessidade do estudo religioso é um fato real e isso está latente
em todas as outras religiões, doutrinas e filosofias de vida como a Seicho No
Ie, o kardecismo, a Igreja católica, protestante, etc.
Será que só na Umbanda o estudo
não é necessário?
Será que o umbandista tem maior
capacidade religiosa, cultural, humana, social e espiritual que as pessoas
seguidoras de outras religiões por isso não lhe é necessário o estudo
religioso? Nossa crença por sua origem ancestral e tradição ORAL pauta se na
transmissão de conhecimento, na prática religiosa dentro do templo, vendo,
vivendo e aprendendo tudo. Porém o mundo mudou e a informação hoje está
acessível a todos em todos os níveis. Essa quantidade de informação apenas
INFORMA, portanto não FORMA ninguém e por isso não aceito a forma como EMPRESAS
comercializam o conhecimento espiritual via INTERNET e outros já oferecem
CURSOS SUPERIORES DE FORMAÇÃO DE PAIS DE SANTO. Precisamos repensar a religião
como PROCESSO como CAMINHADA na construção de um saber real e não VIRTUAL.
Por outro lado entendo que hoje
só está na ignorância quem quer.
E VOCÊ? CONHECE SUA RELIGIÃO?
ESTUDA SOBRE ELA?
Por Alex d’Oxalá
Vamos estudar pessoal, conhecimento nunca é demais!!!
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Como Encontrar um Bom Terreiro
Irmãos,
Vamos começar falando, então, para quem ainda não conhece a
Umbanda e está com vontade de conhecer e, por ventura, desenvolver sua
mediunidade.
O que você deve fazer, em primeiro lugar, é ver se você já
conhece alguém que frequente um terreiro. Existem vários tipos de terreiro
tocando das mais diversas formas seu ritual e, se você já tem algum tipo de
pré-apresentação, isso será ótimo para evitar surpresas desagradáveis. Sim,
essas surpresas podem acontecer. Como disse, há diferenças nos ritos e há
pessoas que dizem fazer Umbanda para mascarar práticas, digamos, pouco
ortodoxas. E, para ser sincero, eu duvido que você não tenha um amigo umbandista,
mesmo que as escondidas.
Se você encontrar esse amigo, vá com ele. É uma ótima forma
de você não se sentir deslocado e isso facilitará sua vida.
Tendo ou não este amigo, é importante, quando você adentrar
em um terreiro pela primeira vez, que você procure algum dos integrantes da
casa. Geralmente são as pessoas que estão vestidas de branco. Vá sem vergonha,
apresente-se e pergunte como a casa funciona, qual a gira do dia e como você
fará para se consultar. É importante que você vá de coração aberto, sem
preconceitos e que fique atento aos sentimentos que permearão você. Sentindo-se
mal, com um aperto no coração, com vontade de ir embora, simplesmente vá.
Aquele lugar não é para você. Se você se sentir bem, continue. Sente-se se
houver lugar e observe o que conseguir.
Um terreiro de Umbanda é um lugar onde você encontrará uma
série de símbolos, imagens e instrumentos peculiares, como espadas, adagas,
lanças. Não se prenda a essas coisas, observe o que você sente. Participe do
ritual, bata palmas, cante se conseguir decorar as músicas (que muitas vezes
são repetidas várias vezes) e tome seu passe. Depois, quando sair, observe-se.
É sempre importante essa auto observação. Não existem
terreiros ruim ou bons, mas existem terreiros que falam ao seu coração ou não.
O que falar, é para você, o que não falar, não é.
Existe um exemplo muito bom que costumo dar: Nossa casa
trabalha de uma forma e atende as pessoas que se afinam com a forma de trabalho
dos médiuns e dos Guias. Temos uma casa irmã, ou seja, uma casa que é nossa
parceira, onde nós buscamos auxílio quando necessário e para quem oferecemos
auxílio quando necessário. Somos irmãos, somos amigos, mas tocamos Umbandas
diferentes e as pessoas que vão nessa casa, os Filhos de São Miguel Arcanjo,
provavelmente não se adaptariam à nossa, assim como os nossos assistentes
provavelmente não se adaptariam à casa dos Filhos de São Miguel. Isso é
saudável e importante para a Umbanda: se todas as casas fossem iguais, não
atenderíamos a um número muito grande de pessoas e a caridade, a mensagem, não
seria passada.
Outra coisa importante: a Umbanda, a despeito do que possa
parecer, não é milagreira. É uma religião que busca trazer o autoconhecimento,
a evolução moral e isso depende, sempre, de cada um dos envolvidos. Pode ser
que, em um primeiro momento, os Guias até façam algo do gênero com você (tipo
adivinhar algo da sua vida, do seu dia), mas isso não é a regra e nem deve ser:
falar de um problema é a primeira etapa para resolvê-lo e, se você não quiser
falar, o Guia respeitará seu livre arbítrio.
Tento tudo isso em mente, vá para o seu passe. Vá com calma,
observe a tudo e observe-se. Como disse, se você não gostou do que viu, não
julgue o lugar ou o trabalho realizado, o trabalho só não é para você, mas pode
ser que ajude um monte de outras pessoas. Se você gostou, continue
frequentando, com calma as coisas acontecerão a você.
Outra coisa importante: não se impressione se um Guia te
disser que você é médium. Todos os seres humanos são, isso não é algo diferente,
é o comum.
No mais, aproveite a oportunidade!
Fonte: http://www.artefolk.com.br
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