No início várias práticas que tangem os ritos em homenagem a Mãe Iemanjá foram disseminados e passaram a servir de “simpatia” de final de ano a pessoas que seguiam outras vertentes religiosas e/ou se consideravam espiritualistas.
Esse comportamento vai resultar em tradições que ultrapassam a camada umbandista e se tornam corriqueiros – em determinadas datas – à pessoas dos mais variados credos. Tendo isso reconhecemos o ato de pular 7 ondas como um dos exemplos mais expressivos dessas manifestações.
Hoje vemos muitas pessoas comemorando o Ano Novo na orla marítima vestidos de branco, pulando sete ondas e levando champagne para ser “estourada” no mar; realizam esse “ritual” como uma simpatia, sem se darem conta de que o mesmo faz parte da tradição umbandista, que há um século vem influenciando nossa sociedade.
Pai Alexandre Cumino, em História da Umbanda
Origem das festividades no litoral
Por volta do ano de 1956, em 9 de dezembro no litoral paulista ocorria uma festividade denominada encontro das águas, nela umbandistas de diversas casas exaltavam o sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora da Conceição (que por sua vez é sincretizada com Oxum).
O evento foi idealizado por Pai Jaú e tinha como objetivo levar em procissão a imagem de Mãe Iemanjá ao encontro da de Mamãe Oxum (representada pela imagem de N.S. da Conceição) que era levada por José Costa Moura da Federação Umbandista do Estado de São Paulo.
Isso aconteceu durante alguns anos no local, até que em decorrência do aumento significativo dos frequentadores da festa, que na época acontecia em uma área militar na Praia das Vacas os festejos acabaram sendo proibidos e assim o “encontro das águas” passou a ser realizado na cidade de Praia Grande – SP.
Iemanjá agora é POP
Depois da mudança a Festa de Iemanjá ganha força e toma uma proporção enorme, atraindo diversas tendas e médiuns que partilhavam do modelo de festividade iniciado por Pai Jaú.
Em 1969 a festa é oficializada pelo prefeito regente e se torna cada vez mais popular. Segundo o tabloide Integração Umbandista, em seu auge – meados de 1979 – o evento chegou a atrair mais de 1 milhão de pessoas de todas as regiões do país.
Bom, o entendimento da origem da popularização dos ritos umbandistas no final de ano explica boa parte dos costumes que acabaram se fincando nas camadas populares e que são reproduzidos até hoje.
O ‘pular 7 ondas’ está nessa categoria de ritos frequentemente realizados durante às homenagens dedicadas a Mãe Iemanjá no 31 de Dezembro, no entanto, cada vertente tem a liberdade de conceber à ele um fundamento, mas na maioria das vezes ele alude à purificação do corpo e espírito, a devoção aos orixás em especial à Iemanjá que é dona das águas salgadas, a renovação de um ciclo e às 7 linhas de Umbanda.
Em 1969 a festa é oficializada pelo prefeito regente e se torna cada vez mais popular. Segundo o tabloide Integração Umbandista, em seu auge – meados de 1979 – o evento chegou a atrair mais de 1 milhão de pessoas de todas as regiões do país.
Bom, o entendimento da origem da popularização dos ritos umbandistas no final de ano explica boa parte dos costumes que acabaram se fincando nas camadas populares e que são reproduzidos até hoje.
O ‘pular 7 ondas’ está nessa categoria de ritos frequentemente realizados durante às homenagens dedicadas a Mãe Iemanjá no 31 de Dezembro, no entanto, cada vertente tem a liberdade de conceber à ele um fundamento, mas na maioria das vezes ele alude à purificação do corpo e espírito, a devoção aos orixás em especial à Iemanjá que é dona das águas salgadas, a renovação de um ciclo e às 7 linhas de Umbanda.
O número 7 é por excelência parte da cultura de Umbanda, sendo que, dentro da tradição entendemos as Sete Linhas de Umbanda como os 7 sentidos da vida ou as 7 qualidades de Deus que são representados pelos 7 Orixás ou Tronos Divinos (Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaiê e Iemanjá).
Não se sabe ao certo a data oficial em que o pular 7 ondas foi inaugurado e nem quem deu os primeiros saltos na beira do mar, o que sabemos é que isso já está tão enraizado na cultura popular que é normal que alguém o realize sem nem imaginar que com esse ato está saudando também a dona daquele ponto de força, o mar.