sábado, 23 de janeiro de 2016

Incorporação: Sintomas





São alguns, os sintomas da mediunidade de incorporação. É importante conhecer estes sintomas, porque eles se manifestam independente da pessoa saber que é médium de incorporação, ou não. Muitas vezes, este médium começa a se sentir um estranho no mundo, começa a se sentir ou ser chamado de “esquisito”, ou louco. Mas não somos loucos, somos médiuns de incorporação e existem diferenças claras entre loucura e mediunidade.

A pessoa que tem a mediunidade de incorporação latente, adormecida, não lapidada ou mal trabalhada, costuma apresentar alguns sintomas comuns. A grande maioria destes médiuns são muito sensitivos, com uma grande capacidade de sentir o que outras pessoas estão sentindo, de sentir as dores alheias. Mas também podem sentir, ver e ouvir o que os outros não sentem, não veem e não ouvem. É comum que a mediunidade de incorporação seja acompanhada de outros dons mediúnicos. Nesta realidade imaterial, tudo é energia, subjetivo e sutil, ainda que seja muito real e quase palpável para quem está percebendo o que os outros não percebem.

Alguns pensam que estão ficando loucos por não conseguirem explicar aos outros o que está acontecendo dentro de si, podendo se tornarem pessoas reclusas, introvertidas, estigmatizadas, marcadas e excluídas do convívio social.Se questionam se estão loucos por atraírem para si dores alheias conhecidas e desconhecidas, mas, no fundo, sabem que isto não é loucura e, sim, um fenômeno mal explicado. Grande parte dos médiuns de incorporação tem esta capacidade de atrair, de puxar, a energia que acompanha as pessoas ou os ambientes.

Os sentimentos de dó, piedade e tristeza diante da dor e sofrimento alheio aumentam a capacidade de absorver as energias negativas e enfermiças do outro, o problema é não saber o que fazer com isso depois. Assim, muitos médiuns têm vontade de ajudar e inconscientemente sabem que podem ajudar, no entanto, não sabem como lidar com sua mediunidade e desconhecem recursos e técnicas para lidar com estas situações.

Da mesma forma, estes médiuns evitam encontrar pessoas muito negativas. O resultado é que, depois destes encontros, podem sentir enjoos, moleza pelo corpo, sonolência e outros tipos de mal-estar, como dores de cabeça frequentes e até dores pelo corpo.

Nestes casos, quando procuramos médicos, os seus males não são diagnosticados e suas dores de cabeça não tem origem conhecida. Claro que não podemos confundir sintomas biológicos com desequilíbrios mediúnicos ou mediunidade mal trabalhada. A grande diferença entre problemas físicos e sintomasmediúnicos é que, com o passar do tempo, o médium sabe que seus males são o resultado de uma situação dentro de um contexto, como encontrar alguém, ir a tal local ou ter passado nervoso.

É comum o médium de incorporação se sentir mal depois de desequilíbrios emocionais. Quando se desequilibra, o médium entra em uma sintonia baixa de vibração e abre seu campo mediúnico, mental e emocional para energias de carga negativa. Quando está nesta vibração negativa, o médium também acaba sintonizando com espíritos negativos ou negativados como sofredores, espíritos perdidos e/ou revoltados. O contrário também é verdade.

Assim, a pessoa que tem mediunidade de incorporação pode ficar muito vulnerável a influências externas e, às vezes, acabar tendo um comportamento considerado bipolar. Mas a sua mediunidade não deve ser desculpa para este comportamento. O médium deve procurar um equilíbrio interno para não ficar tão sujeito a estas influências externas. A mente deve assumir o controle da mediunidade. Uma pessoa equilibrada e centrada não fica absorvendo cargas de todos os lugares por onde passa, mas caso isso venha a acontecer, não deve se desequilibrar, deve, sim, perceber que está absorvendo energias negativas e aprender a descarregar-se e encaminhar estas energias. A isto, chamamos de maturidade mediúnica, o quê é resultado de trabalho e educação mediúnica.

Por isso venho, há anos, afirmando que: não basta desenvolver a mediunidade de incorporação, não basta aprender a incorporar espíritos; é fundamental, preciso e necessário passar por uma educação mediúnica, ter cultura mediúnica, estudar e compreender o fenômeno, suas causas e efeitos. É imprescindível um trabalho de autoconhecimento, sentir o que acontece com você e adquirir técnicas para se autotratar, para se limpar energeticamente, descarregar cargas negativas e encaminhar espíritos que possam estar lhe perturbando.

Fonte: http://umbandaeucurto.com/alexandre-cumino/2013/teologia/incorporacao-sintomas/#

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Oxossi



Na Umbanda, Oxossi é conhecido como o senhor das matas e da grande maioria dos caboclos. Sua cor é o verde, representando as matas das quais é o senhor absoluto. No Candomblé é conhecido como o “caçador” ou o protetor dos caçadores. Na Umbanda também é conhecido como o caçador, mas não de animais e sim, de almas e de homens, sendo a catequese seu maior objetivo. No aspecto espiritual, se Ogum é conhecido por sua enorme força, ele, porém, é muito agressivo. Oxossi já é conhecido por aliar a força com o bom senso, essas características emanam de Oxossi que se manifesta nos trabalhos de Umbanda, principalmente na manifestação dos caboclos e suas falanges. De Oxossi emana a altivez que encoraja a todos os seguidores da Umbanda, transmitindo grande segurança aos seguidores de nossos cultos.

As matas são para o umbandista os domínios de Oxossi. A função vibratória das matas é afirmar ou dar resistência a trabalhos ou consolidar trabalhos e obrigações.
Os enviados de Oxossi ao nosso plano físico, são normalmente os caboclos, os índios de diversas nações de nossas matas e guerreiros africanos. Esses enviados são os grandes conhecedores dos grandes segredos (raramente revelados) que fazem curas, afastam influências negativas e protegem os seguidores da Umbanda.

A altivez do caboclo, a sua autoridade, a seriedade, a força, a coragem, a perseverança, o sentido de lutar para vencer, provém diretamente de Oxossi, pois essas são algumas de suas características.
Oxossi como Ogum, é um grande guerreiro, é um grande lutador, destemido, corajoso e sempre pronto para defender os seguidores da Umbanda ou aqueles que sob a sua guarda se colocam.
Nos trabalhos dirigidos unicamente por caboclos, nota-se a força e a altivez que emana de Oxossi. Quem o evoca e sob a sua proteção se coloca, jamais cai, fazendo valer o ditado umbandista:

“Filho de Umbanda (correto) não cai”

Nas obrigações a Oxossi, que devem forçosamente serem realizadas nas matas, podem ser utilizadas flores brancas, como cravos e lírios, velas verdes ou brancas, vinho tinto, água pura e frutas de toda espécie, porém repetimos: Orixás não comem e não bebem, mas se o seu coração pedir, faça, mas não deixe lá a garrafa, proteja a natureza, se acender velas proteja o local para não colocar fogo nas matas.


Cor ........................ Verde
Domínios ................As matas
Saudação ...............Oxossi é meu pai ou Okê arô Oxossi
Elemento ............... Terra



CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXOSSI


Os filhos de Oxóssi apresentam características do arquétipo atribuído ao Orixá. Representam o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.

No positivo: São joviais, rápidos e espertos, mental e fisicamente. Cheios de iniciativa, dotados de um espírito curioso e observador, estão abertos a novas descobertas e novas atividades e são geralmente desbravadores, pioneiros. Têm grande capacidade de concentração e de atenção, firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. Lidam bem com a realidade material, têm os pés ligados à terra, o que não quer dizer que sejam ambiciosos em demasia.

Possuem extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto apurado. Sua estrutura psíquica é emotiva e romântica. São discretos, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros e respeitam muito o espaço individual de cada um.

Independentes, não apreciam muito os trabalhos em equipe. Mas têm grande senso de dever e de responsabilidade, principalmente em relação aos cuidados para com a família (pois o “caçador” tem a responsabilidade de sustentar a tribo).

Sentem a necessidade do silêncio para desenvolver acapacidade de observação, e neste aspecto, são reservados. Isso pode levá-los ao rompimento de laços, o que não quer dizer que sejam instáveis em seus amores.

Fisicamente, tendem a ser magros, um pouco nervosos, mas controlados.

No negativo: Tornam-se muito solitários, fechados, introvertidos, críticos, respondões, brigam por qualquer motivo e podem tornar-se vingativos.


LENDAS DE OXOSSI



SURGE O ORIXÁ DA CAÇA!


Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do Palácio Real, chefiava seu povo na festa da colheita dos inhames. A colheita do ano havia sido farta e, em homenagem, todos deram uma grande festa, comendo inhame e bebendo vinho de palma. De repente, um grande pássaro pousou sobre o Palácio, lançando seus gritos malignos e farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pois não havia sido oferecida parte da colheita às feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes.

O Rei mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. O rei então chamou Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, este guerreiro também desperdiçou todas as suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi convidado para matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, ele atirou em vão suas 20 flechas contra o pássaro encantado.

Por fim, o rei convocou, da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, o caçador de apenas uma flecha. A mãe do caçador sabia que as feiticeiras viviam em cólera e que nada poderia ser feito antes de uma oferenda para apaziguá-las. Ela foi consultar Ifá. Os Babalaôs disseram-lhe para preparar oferenda com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira) e seis kauris (búzios). Pediram ainda que colocasse a oferenda numa estrada, sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção, e que durante a oferenda recitasse o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”. Ela obedeceu.

Neste exato momento, seu filho Òsotokànsosó disparava sua única flecha em direção ao pássaro, que abriu sua guarda para receber a oferenda da mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Então, todos começaram a dançar e a gritar de alegria: “Oxossi! Oxossi!” (=caçador do povo). A partir desse dia, todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, que foi reverenciado com honras e carrega seu título até hoje: Oxossi.

Essa lenda nos fala de Oxóssi como o Grande Caçador, o Senhor da caça, que traz a fartura e a abundância para todos. E também fala da precisão, “da flecha certeira”, da determinação e objetividade firmes de Oxóssi: “o caçador” que estabelece o alvo e se prepara para atingi-lo, conhecendo e respeitando as forças da natureza, e que age sem arrogância, sem vaidade, mas de forma racional, lúcida.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Quando acaba um terreiro de Umbanda?




Um terreiro de umbanda acaba quando a vaidade é maior que a caridade; 

Um terreiro de umbanda acaba quando a fofoca e a intriga são maiores que o estudo e a disciplina; 

Um terreiro de umbanda acaba quando a maledicência é fala mais alto que a beneficência; 

Um terreiro de umbanda acaba quando a atração sexual fala mais alto que a união fraternal;

Um terreiro de umbanda acaba quando quando a higiene física, astral e mental não é rigorosamente observada.

Um terreiro de umbanda acaba quando falsos mediuns são admitidos pelo dirigente na corrente apenas no intuito de aumentar a arrecadação financeira da casa;

Um terreiro de umbanda acaba quando "festas" e " homenagens" são mais importantes e concorridas que as "giras de atendimento" e " reuniões de estudo".

Um terreiro de umbanda acaba quando as "guias" (colares) são mais importantes que os "Guias"(mentores);

Um terreiro de umbanda acaba quando os "pontos" são cantados sem noção e quando os "pontos" são riscados sem noção; 

Um terreiro de umbanda acaba não porque os Guias se afastam dos mediuns, mas porque os mediuns é que se afastam dos Guias.

Um terreiro de umbanda acaba quando se cobra o que NÃO DEVE SER COBRADO;

Um terreiro de umbanda acaba quando NÃO SE COBRA o que deve ser cobrado;

Um terreiro de umbanda acaba quando a "mágica" substitui a verdade Magia;

Um terreiro de umbanda acaba quando o "visível" é mais importante que o invisível; 

Um terreiro de umbanda acaba quando faltam a ética, o bom- senso e o respeito;

Um terreiro de umbanda acaba quando acabam a FÉ, o AMOR e a VERDADE.

Mensagem de Sr. Exu Marabô recebida pelo médium Vanderlei Alves.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Oração de ano novo a todos os orixás




Peça a benção aos principais orixás no ano que inicia




Faça sua oração de ano novo a todos os orixás da umbanda, buscando proteção para trilhar seus caminhos no próximo ano, com saúde, paz, harmonia e amor. 

Peço a Exú que proteja da inveja e do olho gordo e mantenha os caminhos amorosos e profissionais abertos durante todo o ano novo, Larôiê Exú!

Peço a Ogum que proteja nas lutas que tenho que enfrentar e feche meu corpo contra feitiços, perigos mundanos e armas, Ogunhê!

Peço a Oxóssi que não falte a ninguém o sagrado alimento de cada dia noano novo, Okê Arô Oxóssi!

Peço a Xangô que proteja e faça justiça no ano que virá, em todos os caminhos que eu trilhar, Kawô Kabiesilê!

Peço a Obaluaiê saúde e força para vencer os problemas e qualquer doença que se abater sobre mim, Atotô!

Peço a Iansã que conduza-me sempre no caminho da evolução espiritual e proteja do fogo e dos acidentes relacionados a ele, proteja dos raios e das tempestades de nossa vida cotidiana e afaste os inimigos de meus caminhos, Epahei Oyá!

Peço a Oxum que guie pelo caminho intuitivo que nossa mãe feiticeira conhece como ninguém e traga o encanto e a docilidade; traga o mel para adoçar nossas amarguras e nossa vida mamãe Oxum! Ora yê yê ô!

Peço a Iemanjá que mantenha minha família unida em harmonia, que limpe as mazelas astrais e purifique meu lar, Odoyá Iemanjá!

Peço a Nanã que abençoe os idosos de minha família e todos aqueles que não tem um teto ou uma boa alma que cuide deles em sua etapa final de vida, tenha misericórdia mamãe! Saluba Nanã!

Peço a Oxalá que cubra a todos nós de bençãos sob seu manto branco de pureza, paz e harmonia , Axé Babá!

Peço viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte o coração cheio de compreensão, paz e alegrias.

Que meu espírito seja tomado de bênçãos para que eu as compartilhe por onde eu caminhar e por toda minha vida.

Dá-me um feliz ano novo, e ensina-me a repartir as suas bençãos, Olorum Deus Pai!


Assim seja! Saravá todos os Orixás!”