quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Oxalá e Iemanjá, os orixás regentes de 2016






Hoje vamos falar sobre a Regência de 2016, o orixá Comandante de 2016 o Planeta regente de 2016.


2016 Será um ano Regido pelo Planeta SOL, sim o Sol mesmo que seja uma estrela é considerado pelos esotéricos um Planeta Regente, logo sua regência será o orixá da Criação, Orixá Oxalá em todas as suas Formas; Oxalufã, Oxaguiã, Obatalá, Orixaláestarão a frente deste ano.


O Ano de 2016 será um ano bem importante, Será Regido pelo orixá OXALÁ, sim o Senhor do pano branco, o Criador da Humanidade, o orixá da paz. Aquele que carrega o Mundo nas mãos ao lado de Seu Cajado. E quando temos um Ano regido por esse grande Orixá temos um ano mais lento, pois Oxalá é lento porém constante, será um ano mais equilibrado, 2015 tínhamos Ogum e tivemos muitos altos e baixos pois Ogum é a Execução. Oxalá representa equilíbrio do Planeta, o começo. O Início, teremos em 2016 uma nova oportunidade de começarmos tudo de novo. Oxalá em 2016 vem montado em suas Nuvens levantando a Bandeira da Paz e da União, será um ano para repensarmos nossas atitudes e despertarmos o Amor ao próximo, pois este é o único caminho que nos conecta a Oxalá Aqueles que colheram tempestades em 2015 terão em 2016 a oportunidade de uma nova plantação. Já quem teve 2015 um ano de realizações, 2016 consolidará mais ainda todas as conquistas.


Espiritualmente estaremos muito bem guardados, pois o Orixá do branco é um grande protetor e guardião de toda Humanidade!


Climaticamente teremos um ano quente pois O Sol estará mais presente e próximo da terra! Além de Oxalá, outras formas deste Orixá também trarão suas características, Oxaguiã o Orixá do progresso estará presente e participativo então teremos muitas descobertas no campo da ciência em 2016 Já Obatalá o oxalá que criou a Terra cuidará do nosso planeta, para isso há grandes possibilidades de grandes ventos e tufões que remanejaram a terra para termos mais equilíbrio com a Natureza.


A Influência de Iemanjá a Mãe do Mundo, irá trazer um pouco de nostalgia perto do fim do ano, porém trará um pequeno ciclo de Águas, como todo ano de Oxalá terminaremos com muitas chuvas e Águas, Serão as Águas de oxalá fechando o ano de 2016!


O Ano de 2016 passará mais devagar porém será um ano com mais constância e estabilidade assim como os passos de oxalá que são lentos mas nunca param. Que Pai Oxalá traga sua bandeira branca da paz e fixe nos quatro cantos do mundo; a partir do dia 1 de Janeiro de 2016. Salve Pai OXALÁ! Salve 2016

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

YABÁS




A palavra yabá quer dizer “Mãe Rainha” e que na África era um título apenas atribuído aos Orixás Yemanjá e Oxum e que no Brasil se estendeu a todos os outros orixás femininos. Senhoras misteriosas em seus fundamentos, ligadas muitas vezes as águas e fecundidade, entedê-las profundamente é como se nós quiséssemos conhecer todos os mistérios da vida e do surgimento da vida. Crer na força das Yabás ou nas nossas chamadas “Mães de Cabeça” é como querer estar sempre amparado pela própria mãe carnal em si. Tal como na família material onde muitas vezes a figura da mãe tem o papel mediador entre a postura educativa e mais séria do pai para com o filho, assim são essas sagradas mãezinhas. Energeticamente falando, as Yabas são a metade feminina da existência; ou seja, não há procriação sem a presença do homem, muito menos da mulher. Trataremos abaixo das nossas Yabás cultuadas na Umbanda. 

Oxum é a senhora das águas doces, cascatas e rios, desde a sua nascente até o seu encontro com o mar. Senhora do ouro, do mel, da beleza, da vaidade feminina, encanto e também do jogo de Ifá (jogo de búzios). Oxum rege também a fertilidade devido a sua ligação ao óvulo liberado em cada ciclo menstrual. É a responsável pelas artes culinárias, a qual segundo as lendas, “dobravam” as opiniões contrárias dos seus inimigos através do estômago. Possui o título de Yialodê (ou “Senhora da Tribo”), ou seja, é a grande mãe que de todos toma conta, zela e protege. Suas cores na umbanda são o amarelo, dourado ou azul claro em algumas casas. Seu campo de atuação é o amor, as relações humanas, a comunicação, a sensualidade pelo encanto e pela beleza. Suas obrigações devem sempre serem feitas em ambiente limpo (Oxum detesta poeira e sujeira), gosta de doces finos e frutas das mais variadas, principalmente as ricas em caldo e sua comida mais ofertada, sem dúvida é o omolocum.

Yemanjá é a senhora dos mares e oceanos. Dona do Ori, rege o casamento a vida em família. Senhora também da etiqueta social. Yabá bastante adorada em nosso país devido a grande extensão de praias e também do mar ser para alguns a sua única fonte de sobrevivência e sustento. Suas cores são o azul, o branco e também o prateado. Também gosta de espelhos tão quanto Oxum por também estar ligada a vaidade, sendo que esta vaidade não é tão coquete e dengosa quanto a de Oxum, a vaidade de Yemanjá está mais ligada a vaidade de uma rainha soberana e poderosa, visto que, ao lado de Oxalá, também está bastante ligada a criação e na mitologia yorubá ocupar a posição de mãe de todos os Orixás – a grande Matriarca. É a senhora de todas as obrigações de cabeça e oboris. Rege também a fase da gestação até o nascimento da criança. A Yemanjá pode ser ofertado cocadas brancas, eboya, arroz branco com camarão seco, claras em neve, frutas claras, peixes (tais como sioba e corvina, p. ex.) e também o manjar e etc.

Yansã é a senhora dos bambuzais, das ventanias, dos redemoinhos das tempestades. Yabá muito ligada ao elementos fogo e ar. Yansã representa a sensualidade, a sexualidade, o prazer, a boa risada, a gargalhada sincera e a alegria vibrante. A energia da sensualidade que emana desta yabá vem pelos caminhos do desejo ardente e incontrolável. Tanto que nas lendas africanas, Yansã foi esposa de vários orixás (Obaluayê, Ossain, Ogun, Oxossi, Xangô) isso não só para representar a inquietude regida por ela mas também para mostrar que o elemento AR está presente em vários lugares da natureza e necessário a eles (o vento é necessário para a procriação das plantas, multiplicação das florestas, para alimentar o fogo, por exemplo etc.). Yansã representa a mulher que antes de ir a luta beija os filhos com carinho e chegando nos campos de batalha não deixa a bravura sufocar a sua feminilidade e sensualidade. Em suas comidas votivas não pode faltar dendê, sendo o acarajé seu prato mais ofertado. Também aceita frutas diversas. Também aceita o abará (papa de feijão fradinho em folha de bananeira cozida em banho maria). Suas cores principais são o vermelho e o coral, também sendo em algumas casas o rosa e o amarelo.

Nanã Buruquê é a senhora dos pântanos, alagadiços e manguezais. É a mais velha das Yabás muito ligada aos mistérios da criação. Segundo lendas, Nanã participou da criação do mundo junto a Oxalá, emprestando-lhe o barro para a confecção do ser humano, fazendo –lhe jurar que ao final da vida de cada um deles que ele devolvesse o seu “barro sagrado” novamente, daí a sua saudação: Saluba Nanã Buruquê (Retornaremos ou nos refugiaremos em Nanã Buruquê). Yabá muito ligada a vida e a morte, tão quanto Obaluayê, rege a ancestralidade, a tudo o que é antigo e arcaico. Rege o que não precisa ser mudado por já funcionar (representa “o modernizar pra quê?”) - ex.: uma moringa de barro ao invéz de uma jarra metálica ou uma escama de pirarucu (usada no mundo indígena para o corte de animais e hortaliças ao invés da moderna faca de aço -. Nanã é contrário a modernidades e barulheira. Representa o silêncio, a meditação o aconselhamento e a sabedoria dos mais antigos. Representa os idosos e sua sabedoria acumulada pela experiência. Suas cores são o branco e o lilás, ou também o azul cobalto. Gosta de efó, omolocum de feijão branco, água mineral, beterraba e berinjela preparadas devidamente. Também aceita frutas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

OXUM



Oxum é um orixá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, cultuada no candomblé e umbanda.

Através de mamãe Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de“Senhora do Ouro”, que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.

Oferendas são servidas principalmente nas cachoeiras para Mamãe Oxum


Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais.


Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Sincretismo religioso e a comemoração em 08 de dezembro


Oxum orixá feminina das religiões afro-brasileiras (umbanda e candomblé) é sincretizada com diversas Nossas Senhoras.


O dia 8 de dezembro é marcado por duas celebrações cristãs de significados distintos (quase antagónicos), que se confundem devido à semelhança das suas designações.





Sincretismo religioso aproxima várias Nossa Senhoras a figura do orixá Oxum

A evocação popular, tradicional, celebra a Nossa Senhora da Conceição (ou Concepção), isto é, celebra o arquétipo daMaternidade. Conhecem-se desde o século VII, nomeadamente na Península Ibérica, festas com esta evocação; até há poucos anos era nesta data, e não no primeiro domingo de Maio, que se celebrava o Dia da Mãe.

O conceito teológico oficial é o do dogma da Imaculada Conceição de Maria, definido pelo papa Pio IX em 1854, e nada tem a ver com o conceito popular: afirma que Maria, mãe de Jesus, teria também sido gerada sem cópula carnal de seus pais (Ana e Joaquim); celebra, por isso, a castidade. Esta ideia começou a surgir no século XII, tendo causado intensa polêmica e sido rejeitada por importantes teólogos, incluindo São Bernardo e São Tomás de Aquino, e condenada pelo papa Bento XIV em 1677, até ter sido aceite como dogma em 1854.

A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI, que alegadamente sintetizaria um culto que em Portugal existiu muito antes de ser dogma, pelo menos na sua designação remete para o conceito popular, não para o conceito teológico afirmado pelo dogma. De igual forma, as freguesias portuguesas anteriormente listadas adotaram a designação “Nossa Senhora da Conceição” ou “Conceição”, mas não “Imaculada Conceição”.

Em 8 de dezembro de 1904, em Lisboa solenemente lançou-se a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao ato, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da atual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589.

No Brasil é tradição montar a árvore de Natal e enfeitar a casa no dia 8 de dezembro, dia de N. Sra. da Conceição.
Oxum na África





Rio Oxum na Africa

Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de ijexá e Ijebu.


É representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.


É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio.


As mais velhas ou mais antigas Oxum são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.


Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá.


O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: “Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo.”


O Festival de Oxum é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria. O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Oxum, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.


Ọṣun-Oṣogbo ou Bosque Sagrado de Osun-Osogbo é uma floresta sagrada às margens do rioOxum que se encontra na cidade de Oṣogbo, Nigéria.
Características dos filhos da orixá Oxum


O filhos de Oxum dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. Seus filhos e filhas são doces, sentimentais, agem mais com o coração do que com a razão e são muito chorões.





Filhas de Oxum tem intuição forte e podem se tornar líderes espirituais

São extremamente vaidosos e conquistadores, adoram o luxo, a vida social, além de sempre estarem namorando. São obstinadas na procura dos seus objetivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.

Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maioresYalorixás (mães-de-santo) da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
Culto a Oxum

Dia principal de culto: Sábado
Comemoração Anual: 08 de dezembro
Cores: Amarelo, ouro, rosa, azul claro
Símbolo: Leque com espelho (Abebé)
Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação: Ora Yêyê Ô!
Velas: branca, rosa e azul clara
Oferendas: Omolocum, rosas e palmas amarelas, espelhos, bonecas, etc.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

IANSÃ








(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás, publicado pela Editora Três)



O PERFIL DO ORIXÁ

Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome deOyá. É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona,, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara, talvez por causa do raio, já que a santa é sempre invocada para proteger um fiel de uma tempestade. O mesmo acontece com Oyá, que deve ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque tem sido Iansã uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.

Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, ameaçando os outros, prometendo a guerra, sempre guerreira e, ao mesmo tempo, feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma que desmedida com que exterioriza sua cólera.

Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos nagôs (ou iorubas, outro nome para a mesma cultura) é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oyá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.

A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.

É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IANSÃ

Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.

Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de Ogum.

São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos não cerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em si mesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.

Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.

O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia.

São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.

Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano.

Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só detidamente. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. Eles têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.

Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais.

Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador