segunda-feira, 29 de julho de 2013

Amaci




O Amaci é o Batismo na Sagrada Umbanda, muitos perguntam a importância do Amaci, digo que é o ritual mais especial e importante na vida espiritual. Amaci só acontece uma vez na vida do Médium, o resto são lavagens de Coroa.


Ele é a Coroação, a entrega do Ori ou cabeça ao Orixá da pessoa. A UMBANDA É uma religião que nos aproxima do Sagrado e que permite adentrarmos em nós mesmos para assim, de forma mais verdadeira e intensa, nos colocarmos à “disposição” do próximo, seja ele encarnado ou desencarnado.


Simbolicamente, o médium deve se considerar uma ferramenta usada pelo Divino em favor do Outro, da Comunhão e da Paz, um instrumento que deve e merece “reparos periódicos” para que não se perca a qualidade do trabalho manifestado, para que as engrenagens não enferrujem, para que as juntas não atrofiem, para que a maleabilidade não resseque e para que o molejo não se enrijeça.

Envolto em toda essa grandiosidade, um dos rituais mais potentes quando pensamos em “reparos periódicos”, é o que chamamos de AMACI.

AMACI vem da palavra ‘amaciar’, ‘tornar receptivo’, é um ritual, uma espécie de iniciação que todos os médiuns umbandistas, iniciantes ou não, devem, pelo menos uma vez ao ano, passar.

É um liquido preparado com folhas e águas sagradas escorado por alguns fundamentos específicos da Umbanda e que tem como objetivo a lavagem da cabeça/coroa do médium.

Nesse contexto, o Amaci ‘despertar’ as faculdades nobres do médium que ainda estão adormecidas, descarrega e apazigua o chacra coronário (centro de recepção espiritual Superior) e ainda liga/religa o médium ao Orixá, fazendo com que ele tenha a Sua vibração e energia interiorizada em seu espírito, mente e coração.

Receber o Amaci é entrar em contato direto com o Poder do Orixá, é um momento de grande emoção e que deve estar enredado pela reverência, amor, devoção, lealdade e comprometimento para com o Orixá, a Umbanda e o Plano Espiritual.É o momento em que o médium se coloca diante do Sagrado como ‘Filho de Orixá’, que abaixa sua cabeça em respeito e em saber à Superioridade Divina. Ocasião em que o médium deve se ajoelhar e deixar a voz do coração dizer:

E ainda com o coração batendo forte, o médium deita-se sobre a esteira de palha aos pés de seu Pai Espiritual e recebe o Amaci. Água cheirosa que ao escorrer pelo rosto se mistura com as lágrimas numa junção de fé, sagrado e pertencimento.

Sim! Agora o médium não está mais sozinho. Agora ele “pertence” ao Orixá, ao Poder Realizador que em forma de Divindade o acolherá em todos os momentos.

É um ritual fundamental para uma verdadeira e segura caminhada espiritual dentro dos fundamentos da Umbanda. É um cerimonial único e divino que quando bem orientado e bem realizado, o médium perceberá as mudanças que acontecerão em sua vida espiritual, consequentemente em toda sua vida.




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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Hoje é dia de Nanã - 26 de julho



Mãe Nanã - Maturidade (Razão e Sabedoria)

Na Idade Madura, o ser, ao tornar-se mais racional, começa a ter uma "luz interior" alimentada por sólidos princípios que o guiam. Essa "luz interior" é que, logo após o desencarne, irá distinguir um ser livre de outro preso aos instintos e impulsos. A divindade que acompanha nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral, é Mãe Nanã. Nessa porta de passagem, ela atua sobre o nosso carma, conduzindo esta transição com calma e serenidade. Mãe Nanã Buruquê é a maleabilidade e a decantação, é a calma absoluta, que se movimenta lenta e cadenciadamente. Essa calma absorvente de Mãe Nanã, exige silêncio; descarrega e magnetiza o campo vibratório das pessoas, que se modificam, passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade. Mas, maturidade não é sinônimo de idade e idade não é sinônimo de sapiência nem de maturidade. Maturidade é sabedoria, é o desenvolvimento e o compartilhamento de virtudes, é o uso da razão, com simplicidade, harmonia, equilíbrio, amor e fé. O ser mais racional, guiado por princípios virtuosos, tem uma luz que se reflete em sua aura, dando-lhe um aspecto luminoso, sóbrio e estável, pois resiste aos contratempos que porventura surjam em sua vida. Essa luz se expande a partir de seu íntimo e fortalece sua aura. O ser racional, em sua velhice, é o pai e a mãe preocupado(a) com o bem estar de seus filhos e netos, que sabe se mostrar agradável aos jovens, por ser extrovertido, sem se tornar frívolo.... Os seres maduros têm sua religiosidade fundamentada em princípios abrangentes e consegue sublimar-se muito rapidamente após o desencarne. Desliga-se do plano material e busca seus afins nas esferas de luz. Já nos seres presos aos impulsos, sem maturidade, sua luz é exterior e varia conforme seu estado de espírito. O ser imaturo, quando atinge a velhice, começa a sofrer muito, por não possuir energias humanas para alimentar seu corpo emocional e acaba tornando-se apático, desinteressado, implicante etc. Sua luz vai se exaurindo com o advento da velhice, num processo oposto ao dos seres maduros. A luz de um ser é a sublimação de seu espírito humano, que irá se conduzir segundo os princípios divinos que regem toda a criação...

A Orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres, que, se emocionados, sofrem sua atuação, aquietando-se e chegando até a ter suas evoluções paralisadas. Ela age decantando-os de seus vícios e desequilíbrios mentais e preparando-os para uma nova vida, mais equilibrada. De todos os Orixás, Nanã é quem tem um dos mistérios mais fechados, pois seu lado negativo é habitado por entidades com um poder enorme e como Orixá, é fechada às pesquisas de sua força ativa. Ela desfaz os excessos e decanta, ou enterra os vícios. Ela é a maleabilidade e a decantação, pois é uma Orixá água-terra. É cósmica, dual e atua  por atração magnética sobre os seres cuja evolução está paralisada e o emocional desequilibrado. Ela desparalisa o ser, decanta-o de todo negativismo, afixa-o no seu barro, deixando-o pronto para a atuação de Obaluayiê, que o colocará numa nova senda evolutiva. Ela é a divindade ou o mistério de Deus que atua sobre todos os espíritos que vão reencarnar, pois decanta todos os seus sentimentos, mágoas e conceitos e os adormece, para que Obaluayiê reduza-os ao tamanho de feto no útero da mãe que os reconduzirá à luz da carne. Mãe Nanã envolve o espírito que irá reencarnar, em uma irradiação que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. Por isso, ela é associada à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas da sua vida carnal. Ela atua na memória dos seres, adormece os conhecimentos do espírito, para que eles não interfiram com o destino traçado para a encarnação. Como Orixá, sua manifestação é através de movimentos lentos e cadenciados, porque traz em si uma energia e magnetismo muito forte. Nanã é uma guardiã que tem seu ponto de força natural, nos lagos, mangues, rios caudalosos e nos deltas e estuários dos rios. Seu campo de ação está localizado nos lagos; tudo ali traz uma calma, uma tranqüilidade que não é encontrada nos outros pontos de força da natureza. No lado místico, Nanã é a divindade que acompanha nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral. Nessa porta de passagem, Nanã, atua sobre nosso carma, conduzindo esta situação com calma, para que o espírito não tome conhecimento da sua transição de um plano vibratório a outro. Nanã é também guardiã do ponto de força da natureza que absorve as irradiações negativas que se acumulam no espaço, criadas pelas mentes humanas nos momentos de angústia, dor ou ódio. Nanã Buruquê é dual porque manifesta duas qualidades ao mesmo tempo. Uma vai dando maleabilidade, desfazendo o que está paralisado ou retificado, a outra vai decantando tudo e todos os seus vícios, desequilíbrios e negativismos. Ela desfaz os excessos e decanta ou enterra os vícios. Nanã Buruquê forma com Obaluayiê um par natural; são os Orixás  responsáveis pela evolução dos seres. Se Obaluayiê é estabilidade e evolução, Nanã é a maleabilidade e a decantação que polarizada com ele e, ambos, dão origem à irradiação da Evolução. Ela atua também na linha da vida, que no início tem Oxum, estimulando a sexualidade feminina, no meio tem Iemanjá, estimulando a maternidade e no fim tem Nanã, paralisando a sexualidade e a geração de filhos, quando se instala a menopausa. Nanã, é um dos Orixás mais respeitados no ritual de Umbanda, por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espíritos encarnados tentando trilhar a senda da luz. Os santuários naturais, pontos de força regidos por  nossa mãe Nanã Buruquê (os lagos), têm seu próprio campo magnético absorvente poderosíssimo, que varia de sete a setenta e sete metros, a partir das margens. Ali reina a calma absoluta, característica que é própria de Nanã, que se movimenta lenta e cadenciadamente, porque traz em si uma energia e um magnetismo muito fortes.

Nanã Buruquê é a maleabilidade e a decantação e atua por atração magnética sobre os seres com evolução paralisada e emocional desequilibrado. Essa calma absorvente exige silêncio e descarrega e magnetiza o campo vibratório das pessoas,  que se modificam, passando a  agir com mais ponderação e equilíbrio. Ela desfaz os excessos, decanta o negativismo e os vícios e os afixa no seu barro. Nanã, quando vibra à esquerda, no seu lado negativo, é a guardiã do ponto de força das águas estagnadas. A ação negativa das águas paradas pode tirar o equilíbrio de uma pessoa, de uma só vez, provocando desequilíbrio e doenças espirituais, ao atuarem através dos líquidos do corpo humano. O seu ponto de força, quando orientado para nos auxiliar, é absorvente, mas, quando voltado contra nós, é destrutivo, desarmonizador e desequilibrador. Nanã é também a guardiã dos deltas e estuários, locais em que os rios são absorvidos pelo mar. Ela é a Guardiã do ponto de força da Natureza que absorve as irradiações negativas, tanto as que são trazidas pelas correntes magnéticas ao redor da litosfera, quanto as forças negativas criadas pelas mentes humanas. Esses pontos são como pára-raios, que descarregam todas as irradiações captadas.


Sobre Nanã

Ela representa a junção daquilo que foi criado por Deus e é reverenciada como sendo a divindade da vida e da morte.
Nanã rege a maturidade e o racional dos seres. Atua decantando os espíritos emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Nanã também rege a Justiça, não tolera traição, indiscrição, nem roubo.
É considerada como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional.
Cor: Roxa ou Lilás
Elemento: Água
Símbolo: Chuva.
Pontos da Natureza: Lagos, águas profundas, lama, pântanos.
Dia da Semana: Sábado (dia das Iabas)
Chakra: Frontal e Cervical
Saudação: Salubá Nanã
Sincretismo: Nossa Senhora Santana

Oração para Nanã

Oh! Mãe dos mananciais.
Senhora da renovação da vida.
Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas.
Mãe da sabedoria.
Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize todas as forças negativas à minha volta.
Daí-me à tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da prosperidade.
DEUS SALVE NANÃ BURUQUÊ!


Assim Seja.



Fonte: Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista Lurdes de Campos Vieira (Coord.) – Madras Ed.


Abaixo um video magnifico da Mariene de Castro, é de se emocionar!!!



Luz e paz a todos!!!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Povo da rua (EXU)


Exú é um guardião, e protetor...

Exú, é o símbolo da fecundação e do desenvolvimento. Carinhosamente tratados comocompadres, amigo intimo, sempre presente para defender seu protegido.

Os Exús são orientados por guias (os caboclos). Formam numerosas falanges, todas lideradas por grandes chefes agindo no nosso mundo. São criaturas como nós que já encarnaram e desencarnaram na terra muitas vezes, muitos ate exerceram aqui no mundo os mais altos postos e posições, por seu saber e inteligência, onde cometeram grandes males, provocaram guerras e descusões, e hoje no espaço, esses sofredores orientados, buscam se regenerar, trabalhando para o bem, em busca de um crescimento espiritual...
Por suas condições, os Exús são usados para levar justiça onde for preciso, limpezas mais graves e serias, abrir caminhos (tanto por negócios como pro amor), entre outros, fazem parte de suas tarefas...
Não se pode de forma alguma confundir Exú com o Diabo.


Por que as imagens de Exús são parecidas com o Diabo:

Por ocasião da colonização, e da vinda dos africanos para o Brasil, como escravos. Os Jesuítas, tentando converter os escravos ao catolicismo. Incutiram na cabeça dos escravos, que a Entidade Exú, era o Diabo, por seu jeito faceiro, alegre, extrovertido. E descreveram o Diabo, como um ser de chifres, com rabo e patas de boi. Assim se transformou em uma lenda a imagem de Exú, como uma entidade demoníaca. Anos depois, quando a religiao pode ser cultuada com mais liberdade, não foi mudada a imagem do Exú, em respeito as historias e lendas contadas. E então até hoje é cultuada dessa maneira em centros de Umbanda e para os cristãos católicos e evangélicos.

Repito aqui para deixar bem claro: Nunca devemos confundir os Exús com o Diabo.

Podemos comparar os Exus e Pomba-giras, com a policia da religião, que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre a uma hierarquia, que é o Exu chefe do terreiro, acima dele os guias chefes da casa, e acima desses os Orixás... Podemos comparar os Exus com lixeiros alegres, que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Ele vem brincando e fazendo algazarras, mais fazem um trabalho enorme em beneficio da sociedade, e que podemos dizer que é um trabalho que nem sempre é reconhecido como deveria. Esse “lixo” seria todos os nossos pensamentos e emoções negativos, ações ruins, nosso orgulho e possíveis cargas...
Por isso devemos respeitar sempre ao Maximo o trabalho dos Exus, levando-os a serio, e não os desrespeitando e nem os desmoralizando.
A sessão de Exu ou a Gira de Exu, tem a finalidade de descarregar os médiuns e a assistência.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Banho no corpo todo ou do pescoço para baixo?

Terreiros de Umbanda do Brasil inteiro, principalmente nos menores e que possui o dirigente com a “cabeça fechada” para informações, discutem essa história de banho somente do pescoço para baixo, senão tal erva causará quizila com tal Orixá. Porém, o que esses dirigentes não sabem, é onde foi início dessa história de banho do pescoço para baixo.
Todos nós sabemos que os negros africanos, na época do Brasil Colonial, foram aprisionados e enviados para trabalhar como escravos nas lavouras, principalmente nas de cana-de-açúcar.
Chegando ao Brasil, esses africanos também trouxeram da África a sua religião, ou seja, o culto aos Orixás.
Ao chegarem neste país, estes escravos tiveram que aprender sozinho e com os índios sobre a manipulação, o uso ritualístico e medicinal das ervas brasileiras, já que muitas das ervas que eles utilizavam na África, não existiam no Brasil.
Este aprendizado não foi fácil, pois os negros desconheciam as utilidades e propriedades das ervas brasileiras. Por este motivo, quando desconheciam alguma erva, ou quando ela se parecia com alguma que existia na África e, naquele país era venenosa ou com alto teor de toxina, estes escravos tomavam o banho com estas ervas apenas do pescoço para baixo, protegendo assim os olhos, narinas e a boca, de qualquer contato que possa provocar a cegueira ou alguma doença que naquela época poderia levá-los a morte.
Desta época vem a história do banho do pescoço para baixo, que com o passar do tempo e com dirigentes não preparados, foram deturpando o fundamento do banho e dizendo que não deveria tomar os demais banhos da cabeça para baixo, pois causaria quizila com tal Entidade ou com tal Orixá.
Porém o que muitos desconhecem, é que apenas no Brasil existe essa tradição do banho do pescoço para baixo, nos demais países do mundo, onde existe qualquer culto afro, como os Estados Unidos, Cuba e toda América Central, inclusive na África, que é o berço de todas as religiões afro, o banho de ervas é tomado em todo o corpo. Em um banho demorado e quase que ritualístico, eles jogam o banho de ervas na cabeça, pois os africanos dizem que a cabeça é a força do nosso corpo, e é o Ori que deve ser fortalecido com o banho de ervas.
Os africanos, que hoje em dia vem para o Brasil, acham um absurdo esta história do banho do pescoço para baixo. Não que ele não funcione, mas ele não fortalece o Ori, que é onde está o centro de equilíbrio do nosso corpo e o que nos faz “funcionar melhor”.
Existem ervas que vibram mais por certo Orixá, mas na Umbanda, você pode tomar banho com ervas de outro Orixá, que não existirá quizila, pois temos o nosso “Pai e Mãe” de cabeça, mas somos filhos de todos os Orixás. O que devemos tomar cuidado é quanto ao teor de toxinas existentes na planta, ou seja, não vamos tomar banho com pimenta na cabeça, não por quizila, mas sim para evitar o contato com os olhos, que pode causar queimadura na retina, não devemos também tomar banho de comigo-ninguém-pode fresca, pois quando verde esta erva possui muitas toxinas, impossibilitando o banho com a mesma. O recomendado para esta erva é o banho com as folhas secas, pois nesse estado, ela perde água e, junto da água, estas toxinas.
As pessoas de hoje em dia aceitam tudo o que falam e não buscam o porquê daquilo. Se fossem mais curiosas e menos submissas a tudo o que alguns pais-de-santo falam, descobririam e aprenderiam muito mais sobre a nossa querida Umbanda. A nossa religião é simples e tem fundamento, só basta querer aprender.
LEMBRANDO QUE, OS BANHOS FRIOS PODEM SIM, SER TOMADOS DA CABEÇA PARA BAIXO, PORÉM OS BANHOS QUENTES SOMENTE PODEM SER TOMADOS DOS OMBROS PARA BAIXO.

Luz e paz a todos!

O meu guia é o mesmo que trabalha com você?

Caros Irmãos,
eu estou na internet desde de 1998, mas tem aproximadamente 5 anos que venho tentando falar de Umbanda na internet, mas logo assim que eu comecei procurava feito um louco, história do cigano que eu trabalho, do Exú e do Caboclo, nada encontrei e um dia o cigano que trabalho, falou que a história dele estava começando naquele exato momento e seria aquela que eu teria que aprender, seria aquela que eu teria que propagar, dentro das Leis da Umbanda.
Eu nem mesmo um ponto cantado tinha para cantar para o Caboclo, Exú e para o Cigano, nem uma linha encontrei sobre eles aqui na internet, mas com muito trabalho, perseverança e doutrinação, eu fui compreendendo aquela mensagem do amigo Cigano, hoje sei que cada Guia/Espírito é Uno, tal como nós somos, estes podem ter o mesmo nome, mas não são os mesmos de forma alguma ninguém irá trabalhar com ele após seu desencarne, poderá sim trabalhar com um espírito com o mesmo nome que chega na mesma Falange ou Legião.
Exemplo:
Eu posso trabalhar com Tranca Ruas das Almas e você também, podemos até ter os mesmos Pais e Mães de cabeça, mas o Tranca Ruas das Almas que você trabalha, não é e nunca será o mesmo que eu trabalho, mas ambos chegam na mesma vibração, na mesma energia, são das mesmas Falanges.
PERCEBA O QUE DIZ ESTE TEXTO ABAIXO:
Existem basicamente 3 fatores que fazem com que a apresentação do guia varie:
1 – São espíritos diferentes.
2 – Trabalham em Médiuns diferentes.
3 – Trabalham em Terreiros Diferentes.
1 – São espíritos diferentes. Antes de tudo cada guia que incorpora é único, cada um é um espírito em particular, com seu jeito de agir e pensar. O nome de que se utilizam é apenas um indicativo da forma que trabalham de sua linha e irradiação. Por isso podemos ter vários espíritos trabalhando com o mesmo nome, sem que sejam por isso um só espírito.
É como ser um médico, engenheiro, etc… Todos possuem um conhecimento comum, além do conhecimento individual. E isso faz com que trabalhem de forma diferente, mas seguindo a mesma linha geral. A mesma coisa acontece com nossos guias.
2 – O médium, mesmo os inconscientes interferem animicamente na incorporação.
Entenda-se que não é uma atitude deliberada do médium, mas algo que “vaza” da personalidade do médium na incorporação. Desde que esta interferência não atrapalhe o trabalho do guia, isto é perfeitamente aceitável.
3 – Trabalham em Terreiros Diferentes. Se um médium continua trabalhando com o mesmo espírito, mas mude para um terreiro em que o ritual seja diferente, também é comum observarmos pequenas mudanças na apresentação e no trabalho do guia, trata-se da adaptação do guia ao novo local de trabalho.
Por isso há muitas variações na apresentação e método de trabalho dos guias. E perguntas como:
Alguém Conhece o Preto-Velho X ?
Como se apresenta o Caboclo Y ?
Informações sobre o Exu Z ?
Além de não atenderem a uma descrição fiel do guia a que quem pergunta se refere, podem aumentar o animismo ou causar insegurança.
Aumentar o animismo: A pessoa lê uma descrição de que o Caboclo Y não fuma charuto, e quando incorpora, fica com aquilo na cabeça, assim mesmo que o Caboclo queira pedir um charuto, pode encontrar dificuldades de romper esta barreira anímica criada pelo médium.
Causar Insegurança: O médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha no chão, aí pensa, “nossa o que eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do seu guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento.
Resumindo, a melhor forma de conhecer seu guia e através do tempo, do desenvolvimento e do trabalho com ele, assim pouco a pouco você vai se interando de como ele é, como gosta de trabalhar, etc. E vai conhecê-lo como ele verdadeiramente é!
Quem me dera eu naquela ocasião tivesse essas explicações, teria evitado muito tempo perdido, foi tudo em vão a minha procura, perguntava ao vento, perguntava o que só eu poderia responder, o que só os Guias que eu trabalhava poderia informar.
Só para demonstrar como foi difícil darei o nome do Caboclo e do Exú que trabalho, tente achar algo sobre Eles aqui na internet.
Caboclo Bugre – irá encontrar um ou dois Pontos Cantados e mais nada Exú Quebra Osso – Talvez encontre apenas uma frase que ele era irmão de Tatá Caveira, talvez ainda um Ponto Cantado.
Graças ao bom Deus esta dificuldade só aumentou minha Fé nesses, estejam tranqüilos que tudo será revelado no momento que vocês estiverem preparados, estude, estude e estude, assim estará ajudando seus Guias e sua espiritualidade.
Estejam sempre em paz e que a alegria dos Espíritos de Luz sejam uma constante em vossas Caminhadas!


Autor desconhecido.

Prece ao grande orixá Ogum - Senhor dos Caminhos

Ogum, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas

Que esta prece corra o mundo e o universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores.

Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de OGUM, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino.

OGUM, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho.

OGUM, Senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias.

Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa.

OGUM, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males.

OGUM, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de OGUM.

Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes.

Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.
Que em meus caminhos, possa eu seu filho ser merecedor das vossas Bênçãos: a espada que me encoraja, o escudo que me defende e a bandeira que me protege. Meu Pai OGUM, não me deixe cair, não me deixe tombar! PATACURI OGUM! OGUM YÊ, MEU PAI

sábado, 13 de julho de 2013

Leis Cósmicas que regem a vida do Ser Humano




Jesus foi o nosso exemplo de conduta, mas estamos ainda a tatear no caminho do "conhece-te a ti mesmo"
Conhecer as leis que regem a vida e as relações facilita em muito a nossa evolução, então leiam e vamos aplicar em nós.
Só um detalhe: Essas leis são definitivas, imutáveis, criadas por Deus e seguem a lógica da física quântica, ou seja, não adianta lutar contra, é necessário se adaptar para poder evoluir.
Paz e Luz
Simone Breda





1ª Lei da Vibração

O que é vibração?
Vibração é "Vai e vem", "Ir e vir" ir é dar; vir é receber.
Essa lei se expressa na realidade humana caracterizada no (Dar e Receber), no ser Útil e ser Valorizado. Dar e ser Útil são "Ir", Receber e ser Valorizado é "Vir". Por isso quando uma pessoa não se sente útil também não se sente satisfeita, mesmo que receba muito, como ocorre na superproteção.


2ª Lei da Evolução

O universo encontra-se em marcha contínua para frente. O mais importante é compreender que estamos integrados na contínua evolução universal. Existimos para crescer, evoluir, aprender, progredir, aperfeiçoar-nos, semos felizes e ascendermos. A Lei da Evolução Contínua é infinita e mais forte que a nossa fragilidade de elemento cósmico. A felicidade estática de permanente desfrutar não existe. A felicidade somente será encontrada num processo evolutivo, como realização e satisfação daquele que se vêem crescendo. A evolução cósmica processa-se em todos os níveis, todos os sentidos, e todos os elementos.


3ª Lei da Direção

A lei da "direção" como lei cósmica é uma só; da matéria à energia, do mundo físico ao mental. No mundo físico é a Lei da Dinâmica, em sua manifestação mais "pura". Um elemento não pode deslocar-se em direções diferentes ao mesmo tempo. A lei da direção no sentido psíquico se expressa da seguinte forma: Só podemos atingir um alvo de cada vez. E como é possível fazer rápido progresso, se só podemos programar um objetivo de cada vez? A lei determina um objetivo de cada vez, mas não fala de dimensão (tamanho) desse objetivo.


4ª Lei da Harmonia

No micro e no macrocosmo existe uma harmonia de forças, movimentos, ritmos, e equilíbrio de energias, harmonia é a unidade na variedade. O universo é um todo em harmoniosa evolução. A lei da harmonia, no sentido mental ou psíquico é "Um por todos e todos por um”. Todo objetivo programado precisa ter em vista o seu bem pessoal (felicidade), e o de todas as pessoas envolvidas.


5ª Lei do Impulso

É A mesma lei que fez o físico grego Arquimedes exclamar: "Dêem-me um impulso e um apoio e levantarei o mundo" Todo movimento está fundamentado num impulso inicial. A alavanca existe na medida em que há um apoio. Você só pode erguer o pé direito para dar um passo na medida em que o pé esquerdo encontre apoio no chão ou em qualquer superfície resistente. A segurança dos movimentos depende da segurança do apoio. A lei do Impulso encontra seu equivalente no mundo mental ou psíquico na lei da Gratidão. Quando agradecemos, reconhecemos que conseguimos algo e sempre que há motivo para agradecer; há o reconhecimento de que existiu um apoio. Quanto mais agradecemos, mais segurança adquirimos.


6ª Lei da Não-Resistência

A lei da Não-Resistência é também uma aplicação da lei da dinâmica. Quanto menor a resistência do atrito, por mais tempo se mantém um corpo em movimento. É para reduzir a resistência do atrito entre o eixo e a roda de um veículo que se usa lubrificante. No mundo psíquico, a lei da Não-Resistência encontra seu correspondente na lei do Perdão que é a própria Compreensão.


7ª Lei da Atração

Na realidade é a própria lei da criação expressa de outra forma, ou dito de outro modo, é uma lei derivada da lei da criação. Os semelhantes "se atraem". Que semelhantes? O que está na mente (subconsciente), e o que está na realidade exterior prática ou existencial. Assim, quem tem programado em seu subconsciente que a vida é difícil, vai atrair dificuldades para sua vida. Outra forma de manifestação dessa lei é você cultivar pensamentos positivos na dificuldade.


8ª Lei da Afirmação

A repetição contínua de uma idéia desenvolve pensamentos e imaginação, até criar convicção a Fé. A Fé a que se refere esta Lei é totalmente ecumênica não tem nada com religião, mas sim com a certeza.


9ª Lei dos Opostos

Entre o Bem e o Mal, o Positivo e o Negativo, há uma relação de complemento e não de negação. "O problema não existe", o que existe são obstáculos e dificuldades colocados em nosso caminho como desafio, que nos provocam ou nos chamam ao crescimento, ao desenvolvimento e a efetivação da lei da Evolução. Nós temos a mania de vestir as dificuldades e obstáculos como o "fantasma" do problema. O mal é desafio para a caminhada em direção ao aprofundamento na compreensão e a valorização da alegria. É a dor que nos permite experimentar a maior profundidade sensorial do prazer, somente o sofrimento nos permite dimensionar o valor e a grandeza da felicidade.


10ª Lei do Equilíbrio

A lei do equilíbrio no mundo físico encontra seu similar no principio da balança. Uma pessoa passa a ser negativista e perder o equilíbrio entre o positivo e o negativo, quando em sua mente fazem-se presentes mais as imagens negativas e com essas imagens tudo passa a dar "errado". A decadência de um povo ou de uma nação inicia-se quando 50% + 1 das pessoas está negativa.


11ª Lei do Amor Próprio

É Lei que nos mostra o ensinamento do Mestre Jesus: “AMA A TEU DEUS E A TEU PRÓXIMO COMO A TÍ MESMO”, mas quem é o próximo; mais próximo; que está próximo de nós? Somos nós mesmos, portanto, devemos nos amar até o amor transbordar e, assim envolver tudo e todos em nossa volta. Esta lei é comparada com a maior de todas as leis: CRIAÇÃO.


12ª Lei da compreensão

Em primeiro lugar devemos compreender a nos mesmos; se observarmos a palavra compreensão vamos notar duas vogais (EE) juntas, isto é, como no verbo a primeira pessoa sou (EU) a terceira é (ELE), portanto, primeiro eu me compreendo para depois buscar compreender meu semelhante, ou seja Ele/o outro. A Compreensão encontra seu equivalente na lei do PERDÃO.


13ª Lei do Policiamento

Devemos policiar palavras, pensamentos, sentimentos, ações e emoções. O que sai de nossa boca não volta, com uma PALAVRA enaltecemos ou destruímos um pessoa ou a nós mesmos, por isso devemos policiar tudo que dissermos.
PENSAMENTOS; todos os pensamentos se transformam em imaginação, e a imaginação materializa-se.
SENTIMENTOS; Somos seres que vibram entre o positivo/negativo e passamos parte de nosso tempo oscilando entre Alfa e Ômega; policiar os sentimentos é ficarmos o máximo de tempo na freqüência mental Alfa.
AÇÕES; a forma como agimos faz toda a diferença em nossa vida! E como queremos viver? A vida é feita de escolhas e nossa escolha faz toda diferença.
EMOÇÕES; é muito importante colocarmos a certeza positiva em tudo, não só nas emoções, mas em todas as nossas escolhas. Esta Lei encontra sue equivalente no (ORAI E VIGIAI).


14ª Lei do Desejo

Especificar de modo claro tudo o que queremos (desejamos), todo desejo deve ter princípio, meio e fim, deve haver coerência, bom senso.


15ª Lei da Ousadia

É preciso ter muito mais coragem para viver do que para morrer. Ousado é aquele que faz tudo o que for melhor em seu favor com determinação e persistência, aguardando o tempo que for necessário sem jamais desistir de suas metas e seus objetivos.


16ª Lei da Certeza

A certeza é o mesmo que a fé, colocar a certeza em tudo não basta é preciso colocar a certeza positiva, portanto, a certeza encontra seu equivalente na Fé inabalável e a Fé remove montanhas.


17ª Lei do Silêncio

Devemos calar para tudo o que for a nosso favor. O silêncio nos protege da maledicência e da inveja. Esta Lei encontra equivalência na Lei de Atração.


18ª Lei da Capacitância

A capacitância está ligada a capacidade do campo áurico individual e a tela do pensamento. A energia cósmica sabe que tem capacidade; antes ela é a própria capacidade, porém, na aura, ela se encontra condicionada pelo espaço/tempo e também pelo livre-arbítrio. Imaginemos o espaço ocupado pela aura em torno da matéria, este espaço é ocupado pelos demais corpos, mas o circulo dourado os condiciona, pois ele circunda a aura, sendo a sua proteção. Dentro deste espaço o homem tem em si a parcela da energia cósmica, com a qual ele trabalha. A existência humana ocorre no presente, mas na aura correr na linha evolutiva, indo ao passado ou ao futuro.


19ª Lei da Resistividade

A resistividade é a capacidade de usar bem e de uma forma sensata e equilibrada todo o potencial energético que forma a nossa capacitância. Nos sistemas eletrônicos, o resistor é uma peça componente do circuito integrado de um transformador. Ele está programado para oferecer uma determinada resistência a um fluxo de corrente diminuindo-lhe a voltagem. No sistema integrado mental, não existe uma peça programada para opor resistência ao fluxo de energia; o mecanismo funciona movido pela 13º Lei: POLICIAMENTO.


20ª Lei da Indutância

A indutância que no terreno psicobiofísico é um resultado obtido pela conjugação do uso energético das duas Leis que a antecedem. No campo da eletrônica está ligada ao magnetismo exatamente como acontece no processo mental. A Lei mental ligada a Indutância é a Lei da certeza, que aciona a energia potencial da aura, magnetizando-a fazendo-a assumir a sua verdadeira característica que é ser dinâmica.


21ª Lei de Causa e Efeito

Esta lei explica os acontecimentos da vida atribuindo um (Motivo Justo), e uma (Finalidade Proveitosa), para todos os acontecimentos com que se depara o homem. Causa e Efeito e/ou Ação e Reação encontram sua equivalência na lei da Compreensão.


22ª Lei de Responsabilidade

A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios salvo se a eles deu origem, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo. A lei de Responsabilidade encontra equivalência na lei do Policiamento.


23ª Lei de Misericórdia

Esta Lei ensina "Não julgues" para que não sejais julgados com a mesma severidade com que julgastes o teu semelhante: Isto não significa que vamos abolir as leis morais, mas sim dar-lhes cumprimento. Compreender o próximo, conviver com as diferenças, respeitar as limitações também é um ato de misericórdia, mesmo quanto seja necessário aplicar a disciplina com o rigor correspondente ao ato praticado. Esta lei encontra equivalência na lei do Amor Próprio, que por sua vez encontra seu equilíbrio na lei da Criação.


24ª Lei da Potencialidade Pura

Entre em contato reservando um momento do dia para ficar em silêncio! Para apenas SER. Fique sozinho em meditação silenciosa pelo menos uma vez por dia. Reserve um período do dia para comungar com a natureza e observar em silêncio a inteligência que há em todas as coisas vivas. Pratique o não-julgamento. Comece o dia dizendo: Hoje não julgarei nada; não julgarei quem quer que seja; nem a mim mesmo.


25ª Lei da Doação

Dê um presente em todo lugar que for, a todos que encontrar; esse presente pode ser um cumprimento, uma flor, uma oração/prece. Ofereça sempre alguma coisa às pessoas com quem fizer contato. Estará, assim desencadeando o processo de circulação de energia, alegria, riquezas e abundância na sua vida e na vida de outras pessoas. Agradeça as dádivas que a vida oferece. E esteja aberto para receber.Deseje em silêncio felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém. .


26ª Lei do Carma

Observe as escolhas que vai fazer a todo momento. Toda vez que fizer uma escolha pergunte à si mesmo; quais serão as conseqüências? Trará felicidade e satisfação a mim e aos outros? Peça orientação ao seu coração. Se sentir conforto siga adiante com a escolha; se sentir desconforto observe. O coração é intuitivo e conhece a resposta certa.


27ª Lei do Mínimo Esforço

Pratique a aceitação dizendo: Hoje aceitarei pessoas, as situações, as circunstâncias e os fatos como eles se manifestarem. Não se volte contra o Universo lutando contra o momento presente. Aceitando as coisas como elas são assuma a responsabilidade pela sua situação. Desista da necessidade de defender seus pontos de vista e de convencer ou persuadir os outros. Permaneça aberto a todos os pontos de vista.


28ª Lei da Intenção

Faça uma lista de todos os seus desejos. Olhe para ela antes de entrar em silêncio e meditação; olhe antes de adormecer; olhe quando acordar. Libere a lista de seus desejos no ventre da criação; confie. Esteja consciente do momento presente.


29ª Lei do Desapego

Comprometa-se hoje com o distanciamento e o desapego. Não force soluções de problemas. Transforme as incertezas em um ingrediente essencial da própria experiência através da sabedoria da certeza e encontrará segurança. Experimente a aventura da vida com todo o mistério, diversão e magia.


30ª Lei do Propósito de Vida

Você deve nutrir com amor a divindade que habita em você; no fundo de sua alma. Preste atenção no espírito que anima seu corpo e sua mente. Faça uma lista de seus talentos únicos, depois outra lista das coisas que adora fazer; diga então: Quando eu expresso meus talentos e os ponho a serviço da humanidade perco a noção do tempo e crio abundância na minha vida e na vida de outras pessoas. Pergunte diariamente a si mesmo: Como posso servir? Como posso ajudar?"

Fonte: http://umbandaracionalizada.blogspot.com.br/ 


Luz e paz a todos!!!
Conhecimento nunca é demais!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Estudo histórico das sete linhas da Umbanda

Estudo histórico das sete linhas da Umbanda
Por Alexandre Cumino
Se é preciso que eu tenha um nome,
Me chame de Caboclo das Sete Encruzilhadas,
Porque não haverão caminhos fechados para mim!
Com estas palavras, no dia 15 de Novembro de 1908, se apresentou a entidade que, por meio de Zélio de Moraes, fundaria a Umbanda no Brasil.
Desde então o número sete tem sido fundamental para entender a religião, de tal maneira que surge uma classificação, chamada de Sete Linhas de Umbanda, onde acomodam-se Orixás, Santos, Anjos Arcanjos e Entidades Espirituais, relacionando-se com cores, pedras, ervas, dias da semana, notas musicais e o que mais puder agrupar nesta escala.
Sete Linhas de Umbanda já foi um tema muito polêmico pois cada autor umbandista apresentava sua visão particular sobre quais e “quantas” seriam estas linhas.
Alguns foram inspirados e originais em suas versões, outros simplesmente adaptaram novos elementos ao que já existia sobre o assunto.
Podemos dizer que a origem das Sete Linhas de Umbanda está em Deus, no Setenário Sagrado ou Coroa Divina. No entanto é do interesse de todos nós, umbandistas, um resgate cultural e histórico desta questão “Sete Linhas de Umbanda”.
Zélio não deixou nada escrito, mas, teve filhos e discípulos, se posso assim dizer, que falaram e falam sobre a forma como entendia as Sete Linhas de Umbanda.
O primeiro livro de Umbanda, que se tem noticia, publicado em 1933, chama-se O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda. Escrito por Leal de Souza, médium preparado por Zélio de Moraes, nos apresenta as Sete Linhas de Umbanda desta forma:
1ª Linha de Oxalá – Jesus – branco
2ª Linha de Ogun – São Jorge – vermelho
3ª Linha de Euxoce – São Sebastião – verde
4ª Linha de Xangô – São Jeronymo – roxo
5ª Linha de Nhá-San – Santa Bárbara - amarela
6ª Linha de Amanjar – N. S. da Conceição – azul
7ª Linha de Santo
Na explicação de Leal de Souza, a Linha Branca de Umbanda é que se divide nestas Sete Linhas e que além da Linha Branca há a Linha Negra formada pelos Exus e que é tratada a parte. A Sétima Linha é formada por espíritos egressos da Linha Negra e que trabalham principalmente no campo da demanda, de cortar trabalhos de Magia Negra.
Em conversa com Dona Lygia Cunha, Filha de Dona Zilméia de Moraes Cunha, neta de Zélio de Moraes e atual dirigente da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, nos afirmou que as Sete Linhas de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas e Zélio de Moraes, são:
1. Oxalá – Branco
2. Ogum - Vermelho
3. Oxossi - Verde
4. Xangô – Marrom ou Roxo
5. Yemanjá – Azul Claro
6. Iansã - Amarelo
7. Exu - Preto
O que se aproxima muito da leitura de Leal de Souza, na qual se inverte a posição de Iansã e Yemanjá, definindo a Linha de Santo agora como a Linha de Exu.
Em 1941 se realizou o “Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda”, onde foi apresentado um trabalho com o titulo:
“INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LINHA BRANCA DE UMBANDA”
“Memória apresentada pela Cabana de Pai Thomé do Senhor do Bomfim, na sessão do 26 de Outubro de 1941, pelo seu Delegado Sr. Josué Mendes.”
Neste trabalho é apresentado um esquema da seguinte forma:
“A LINHA BRANCA DE UMBANDA E A SUA IERARQUIA”
“Os 7 Pontos da Linha Branca de Umbanda”
1° Grau de iniciação, ou seja o 1° Ponto – ALMAS
2° Grau de iniciação, ou seja o 2° Ponto – XANGÔ
3° Grau de iniciação, ou seja o 3° Ponto – OGUM
4° Grau de iniciação, ou seja o 4° Ponto – NHÃSSAN
5° Grau de iniciação, ou seja o 5° Ponto – EUXOCE
6° Grau de iniciação, ou seja o 6° Ponto – YEMANJÁ
7° Grau de iniciação, ou seja o 7° Ponto – OXALÁ
São as mesmas Sete Linhas de Umbanda que aparece na obra de Leal de Souza, apenas em posições diferentes.
Pai Ronaldo Linares, que também conviveu com Zélio de Moraes, apresenta as Sete Linhas de Umbanda, fundamentado nos ensinamentos que recebeu do “Pai da Umbanda”. E afirma que “Zélio de Moraes esclareceu que destas Tendas originárias da Tenda Nossa Senhora da Piedade deveriam nascer as Sete Linhas de Umbanda e que seriam representadas por sete cores.”[1] A saber:
“A primeira linha é caracterizada pela cor amarelo ouro bem clarinho e que seria a cor da Tenda de Santa Bárbara. O Orixá correspondente é INHAÇÃ...”
“A segunda linha é caracterizada pela cor rosa, correspondente a Tenda Cosme e Damião... O Orixá correspondente é IBEJI...”
“A terceira linha é caracterizada pela cor azul. Com vários Santos Católicos sincretizados com ela, a saber: Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Guia. O Orixá que corresponde é IEMANJÁ...”
“A quarta linha é caracterizada pela cor verde, representando a Tenda São Sebastião... O Orixá correspondente é OXOSSE...”
“A quinta linha é caracterizada pela cor vermelho, representando a Tenda São Jorge. O orixá correspondente é OGUM.”
“A sexta linha é caracterizada pela cor marrom, representando a Tenda São Jerônimo. Seu Orixá correspondente é XANGÔ...”
“A sétima linha é caracterizada pela cor violeta ou roxo, corresponde a Tenda de San’Ana... O Orixá correspondente é NANÃ...”
“Finalmente temos a cor negra, corresponde a Tenda de São Lázaro (Nas Palavras de Ronaldo Linares). É a ausência da cor e da luz da vida. Zélio de Moraes explica que as cores branco e preto não fazem parte das sete linhas, pois o branco que é a presença da luz, existe em todas elas e o negro, que é justamente a ausência da luz, está justamente na ausência delas... O Santo Católico São Lázaro é sincretizado com o Orixá ABALUAÊ ou OMULU... Este Orixá é conhecido ainda pelos nomes de XAPANÃ, ATOTÕ, e BABALÚ. ”
“O Orixá maior da Umbanda é OXALÁ... o Chefe para o qual convergem todas as linhas, assim perfeitamente identificado na invocação com Jesus Cristo.”
Pai Ronaldo Linares, pessoalmente, me falou já por diversas vezes que em conversa com Zélio de Moraes sobre as Sete Linhas de Umbanda, este teria lhe afirmado que ninguém havia entendido o que são estas Sete Linhas. E para defini-las afirmou que as mesmas podem ser entendidas em analogia com uma luz branca que ao passar por um prisma se decompõe em sete cores do outro lado. O que em nossa limitada visão se amolda perfeitamente na idéia de que Sete Linhas São Sete Vibrações da Luz Divina que se adapta ou se amolda as concepções mais variadas a cerca de nomes e formas de compreende-las; seja por meio de Cores, Anjos, Santos, Orixás ou Tronos de Deus.
Lourenço Braga, em 1942, publica o título “UMBANDA (magia branca) e QUIMBANDA (magia negra)” , apresentando pela primeira vez mais sete subdivisões para cada uma das linha. São Sete Linhas e quarenta e nove Legiões. Nas primeiras páginas ele esclarece:
“Trabalho apresentado no 1º Congresso Brasileiro de Espiritismo, denominado Lei de Umbanda, realizado nesta cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 26 de outubro de 1941”
“Instado e auxiliado pelos guias espirituais, mercê de deus, resolvi escrever o presente livro sobre a Lei de Umbanda - (Magia Branca) – e sobre a Lei de Quimbanda – (Magia Negra).”
Capitulo II
“A LEI DE UMBANDA E A LEI DA QUINBANDA”
“Não se deve dizer – “Linha de Umbanda” - , mas sim, - “Lei de Umbanda” - ; Linhas são as 7 divisões de Umbanda.”
1ª Linha de Santo ou de Oxalá – dirigida por Jesus Cristo
2ª Linha de Iemanjá – dirigida pela Virgem Maria
3ª Linha do Oriente – dirigida por São João Batista
4ª Linha de Oxóce – dirigida por São Sebastião
5ª Linha de Xangô – dirigida por São Jerônimo
6ª Linha de Ogum – dirigida por São Jorge
7ª Linha Africana ou de São Cipriano – dirigida por São Cipriano
Aqui vemos que o autor coloca suas sete linhas muito próximas das sete linhas de Leal de Souza, que será o grande modelo copiado, alterado e adaptado pela maioria dos autores posteriores. Lourenço Braga mudou a “Linha de Nha-San” por “Linha do Oriente” e definiu a “Linha de Santo” como “Linha Africana”.
Também apresenta o autor as Sete Linhas da Quimbanda:
Linha das Almas
Linha dos Caveiras
Linha de Nagô
Linha de Malei
Linha de Mossurubi
Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha Mista
Em 1955 o mesmo Lourenço Braga publica “UMBANDA E QUIMBANDA – VOLUME 2”, onde ele mesmo admite que: “venho agora, embora contraditando alguma coisa do que eu já havia escrito, levantar a ponta do véu mais um pouco”, completando na outra página, “Os brasileiros crentes de UMBANDA, em virtude da mentalidade implantada pelo catolicismo, procuraram dar aos ORIXÁS, chefes das 7 linhas , nomes de entidades cultuadas na Religião Católica”... “A verdade, porém, é que os ORIXÁS SUPREMOS, Chefes dessas linhas, em correspondência com os planetas e as cores, são os 7 arcanjos, os quais, mantém, entidades evoluídas, chefiando essas linhas, obedientes às suas ordens diretas, as quais nada têm a ver com os santos do Catolicismo...” Ficando assim:
Linha de Oxalá ou das Almas – Jesus – Jupter – Roxo
Linha de Yemanjá ou das Águas – Gabriel – Vênus – Azul
Linha do Oriente ou da Sabedoria – Rafael – Urano – Rosa
Linha de Oxoce ou dos Vegetais – Zadiel – Mercúrio – Verde
Linha de Xangô ou dos Minerais – Orifiel – Saturno – Amarelo
Linha de Ogum ou das Demandas – samael – Marte – Vermelho
Linha dos Mistérios ou Encantamentos – Anael – Netuno – Laranja
A Novidade na obra de Lourenço Braga é apresentar Sete Subdivisões para cada uma das Sete Linhas de Umbanda, veja de forma detalhada no anexo ao final do texto.
Maria Toledo Palmer autora de Chave de Umbanda, 1949, e A Nova Lei Espírita de Jesus, 1953, recebeu em 1948 ordens do astral para fundar na terra “A Nova Lei Espírita: Jesus a Chave de Umbanda”. Apresenta as Sete Linhas das Sete Leis de “Jesus, A Chave de Umbanda”:
1. Céu
2. Terra
3. Água
4. Fogo
5. Mata
6. Mar
7. Almas
Oliveira Magno autor dos livros Umbanda Esotérica e Iniciática, 1950, e Umbanda e Ocultismo, 1952, reconhece Leal de Souza como o primeiro autor de Umbanda, apresenta por sua vez as Sete linhas de Umbanda desta forma:
Oxalá,
Iemanjá,
Ogum,
Oxosse,
Xangô,
Oxum e
Omulu
Observe que com relação as linhas de Leal de Souza, trocou apenas Nha-San por Oxum e Linha das Almas por Omulu.
Aluizio Fontenele, 1951, adotou ao pé da letra as sete linhas de Lourenço Braga, sua inovação foi a de associar os nomes de Exus aos nomes dos “demônios” da Magia Negativa (“Magia Negra” ou Goécia) Européia. Começando um processo de demonização interna dos Exus de Umbanda.
Yokaanam publica em 1951º Evangelho de Umbanda obra polêmica, apresenta as Sete Linhas de Lourenço Braga e critica dizendo: “Eis o que os africanistas apresentam como ‘UMBANDA’! Mera confusão!”. Apresenta 7 Legiões que tem como patronos 7 “Orixalás”. Acima delas está o Paraninfo ou Patrono de Honra: Jesus – “Oxalá” e abaixo como segue:
1ª S. João Batista – “Xangô-Kaô” (Xangô maior), Rosa.
2ª Santa Catarina de Alexandria – “Yanci”, Azul.
3ª Custódio – Cosme e Damião – “Ibejês”, Branco.
4ª S. Sebastião – “Oxóce”, Verde.
5ª S. Jorge – “Ogum”, Vermelho Escarlate.
6ª S. Jerônimo – “Xangô”, Roxo Violeta.
7ª S. Lázaro – “Ogum de Lei”
O autor faz algumas observações, afirma que a Legião de Santa Catarina – “Yanci” – era antes de N.S. da Conceição – “Yemanjá” que passou o comando para sua “legitima substituta”. Também observa que S.Lázaro de modo algum pode ser confundido com “Omulu”, que na opinião dele é “rei da destruição, caveira, espírito do cemitério”.
Para cada uma destas “Legiões” o autor apresenta seus correspondentes “Chefes de Falange” (Orixás), Guias-Chefes (Pequenos Orixás – Chefes de Divisões), Guias (Chefes de Grupos) e Guias Individuais.
Por Exemplo:
Legião de São Jorge – “Ogum” – (Patrono)
Chefes de Falanges – “Orixás” - : Caboclo Águia Branca – Ogum Mearim – Ogum Guerreiro – Ogum da Cruzada – Ogum Rei – Ogum do Oriente – Ogum do Mar – Ogum da Estrela – Ogum Menor – Ogum Mensageiro – Ogum do Hymalaia – Ogum do Deserto – Ogum da Campina – etc.
Guias Chefes: Ogum Rompe Mato – Sete Flexas – Caboclo Pena Vermelha – Caboclo Ipê – Caboclo Araxá – Caboclo Nanzan – Caboclo Pena Branca – Caboclo Mirim – Ogum da Lua – Ogum Megê – Ogum da Mata – Ogum Yara – Ogum Beira Mar – Ogum da Montanha – Ogum Sete Cachoeiras – Ogum Cavaleiro – Ogum do Congo – Ogum da Lagoa – Ogum da Angola – etc.
Guias: Caboclo Miramar – Caboclo Sete Caminhos – Caboclo Gurupí – Caboclo Vigilante – Caboclo da Lua – Caboclo Flexa de Ouro – Caboclo das Sete Espadas – Caboclo Tietê – Caboclo Araçá – Caboclo Rio Negro – Caboclo Tupiniquim – Caboclo Tupiára – Caboclo Tocantíns – Caboclo Solimões – Caboclo Araraquara – Caboclo Pirajá – Caboclo Paraguaçu – Caboclo Jaguaribe – etc.
Florisbela M. Souza Franco autora de dois títulos conhecidos, UMBANDA, 1953 e Umbanda para os Médiuns, 1958. No primeiro apresenta as Sete Linhas de Umbanda abaixo:
Linha de Santo
Linhas do Mar
Linha Oriental
Linha de Oxosse
Linha de Xangô
Linha de Ogum
Linha Africana
Benjamim Figueiredo, fundador da Tenda Espírita Mirim, 1924, e Primado de Umbanda 1952. Apresentou sua forma de entender as Sete Linhas de Umbanda, inspirada pelo Caboclo Mirim, registrado em suas apostilas “Umbanda – Escola da Vida” bem como publicada em 1961 no livro Okê Caboclo, como segue abaixo:
Oxalá,
Ogum,
Oxosssi,
Xangô,
Ybeji,
Yofá e
Yemanjá.
W. W. da Matta e Silva, em 1956 publica seu primeiro titulo “Umbanda de Todos Nós”, onde apresenta sua versão para as Sete Linhas de Umbanda, acredita-se que Da Mata tenha sido profundamente influenciado pelos estudos Esotéricos realizados na Tenda Espirita Mirim, no Primado de Umbanda e dos demais grupos em que Benjamim também freqüentou. Da Matta faz surgir em sua obra os conceitos de AUMBANDÃ, apresentados pela Tenda Mirim no Primeiro Congresso de Umbanda, 1941, e traz as Sete Linhas de Umbanda iguais as do Benjamim/Caboclo Mirim, com o detalhe de que aqui Ybeji aparece como Yori e Yofá como Yorimá:
1ª Vibração Original ou Linha de Orixalá
2ª Vibração Original ou Linha de Yemanjá
3ª Vibração Original ou Linha de Xangô
4ª Vibração Original ou Linha de Ogum
5ª Vibração Original ou Linha de Oxossi
6ª Vibração Original ou Linha de Yori
7ª Vibração Original ou Linha de Yorimá
Embora guarde semelhanças o autor critica as Sete Linhas de Lourenço Braga, assim como Yokaanam. Este autor não costumava citar suas fontes de forma adequada, como boa parte dos demais autores umbandistas, como observamos na teoria do AUMBANDÃ.
Em suas Sete Linhas, Matta e Silva, a exemplo de Lourenço Braga apresenta sete subdivisões para cada linha e rebaixa Oxum, Iansã e Nanã Buroque ao grau de Caboclas de Yemanjá, o que já havia sido feito, em parte por Lourenço Braga.
Rubens Saraceni apresenta as Sete Linhas de Umbanda como “As Sete Vibrações de Deus”, afirmando que:
“Deus se manifesta de forma Sétupla nesta realidade humana.”
“As Sete Linhas têm origem em Deus através do Setenário Sagrado.”
“Cada um pode dar o nome que quiser, associar as Sete Linhas a Sete Orixás, Sete Santos ou a Sete Anjos, cada um fala de uma forma diferente, o que ninguém pode negar é que as Sete Linhas de Umbanda são as Sete Vibrações de Deus, que se manifesta em Sete Essências, Sete Elementos e em tudo o mais que Deus Criou.”
Explica que existem muitos Orixás, todos podem ser identificados ou associados às Linhas de Umbanda, no entanto a Criação Divina se estabelece por meio de uma Coroa Divina em que Sete Tronos Originais se manifestam através de Quatorze Tronos que se agrupam em Sete Masculinos e Sete Femininos correspondentes a Quatorze Orixás, dentro das Sete Vibrações, Essências, Sentidos e Elementos correspondentes:
1ª Linha, Sentido da Fé e Elemento Cristalino: Orixás Oxalá e Logunan (Oyá-Tempo)
2ª Linha, Sentido do Amor e Elemento Mineral: Orixás Oxum e Oxumaré
3ª Linha, Sentido do Conhecimento e Elemento Vegetal: Orixás Oxossi e Obá
4ª Linha, Sentido da Justiça e Elemento Fogo: Orixás Xangô e Iansã
5ª Linha, Sentido da Lei e Elemento Ar: Orixás Ogum e Egunitá
6ª Linha, Sentido da Evolução e Elemento Terra: Orixás Obaluayê e Nanã Buroquê
7ª Linha, Sentido da Geração e Elemento Água: Orixás Yemanjá e Omulú
Há ainda outros Orixás que mesmo que não estejam aqui se agrupam da mesma forma. Por exemplo, junto de Oxossi estão os outros Orixás Vegetais como Ossaim, Aroni e Logunedé. Junto de Omulu está Iku (a morte). Junto de Oxalá está Oxaguiã, Oxalufã, Obatalá, Orumilá-Ifá e etc.
Cada Orixá Maior comanda 7 Orixás Intermediários e cada um destes comandam mais 7 Intermediadores ou regentes de nível, abaixo destes estão todos os outros Orixás Naturais, Encantados e Caboclos que se manifestam na vibração deste ou daquele Orixá.
Ao expor este estudo, histórico e literário, dos conceitos, apresentados por autores umbandistas, sobre as “Sete Linhas de Umbanda”, tenho como objetivo, única e exclusivamente, oferecer material para o estudo e / ou observação do que já se falou sobre o assunto.
Através deste estudo podemos comprovar as diferentes formas em que as Sete Linhas de Umbanda vem sendo apresentada desde sua origem, os livros das décadas de 40 e 50 são pouco acessíveis. Encontramos entre os autores deste período, pessoas que se dedicaram e muito na intenção de entender e abordar os conceitos teológicos, doutrinários e ritualísticos da Religião de Umbanda, mesmo sem uma bibliografia sólida.
Não tenho como objetivo apontar este ou aquele autor em graus de acerto ou erro, mas apenas mostrar o que alguns autores pensaram sobre 7 Linhas da Umbanda.
Aos que tiveram a paciência de ler até aqui, agradeço e parabenizo pelo interesse em entender um pouco mais sobre a Religião de Umbanda